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Cada vez mais, temos um número maior de sobreviventes de câncer após os tratamentos oncológicos. Infelizmente, às vezes a sobrevivência pode vir acompanhada de dor. A Dor dos Sobreviventes de Câncer pode estar presente após o tratamento de câncer e algumas pessoas também podem desenvolver dores crônicas muito incômodas.

Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre este sintoma que pode surgir e as abordagens que podemos utilizar para tratá-lo.

A Dor dos Sobreviventes de Câncer

A dor dos sobreviventes de câncer lembra o paciente de sua doença cada vez que ele executa uma tarefa diária, como escrever uma lista de compras, preparar uma refeição, arrumar uma cama, entre outros.

Um indivíduo é considerado um sobrevivente de câncer desde o momento do diagnóstico, até o equilíbrio de sua vida após o final do tratamento. Embora esses sobreviventes possam ter vencido o Câncer, muitos têm resultados ruins em várias medidas de sobrecarga da doença durante anos após o diagnóstico, incluindo dor.

Para eles, a dor passa de um problema de curto prazo durante o tratamento ativo para um problema crônico que pode durar meses, anos ou até mesmo uma vida inteira.

Em alguns casos, a dor pode ser tão grave que impede as pessoas de desfrutarem a vida que lutaram tão arduamente para preservar.

Características da Dor nos Sobreviventes de Câncer

Sobreviventes de câncer podem ter “dor de cirurgia”, especialmente se o cirurgião teve que cortar os nervos para remover o tumor. Por exemplo, as mulheres submetidas a uma lumpectomia ou a uma mastectomia podem sentir uma dor lancinante ou ardor na parede torácica.

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Muitos pacientes com câncer de cabeça ou pescoço também podem ter dor após uma cirurgia no pescoço para remover os gânglios linfáticos. A dor pode persistir anos após a cirurgia.

Sobreviventes de câncer também podem ter dor em função dos medicamentos empregados na quimioterapia. Algumas quimioterapias são tóxicas para os nervos. Com o tempo, há danos cumulativos nos nervos nos dedos das mãos e dos pés. As pessoas podem ter queimaduras crônicas, dormência ou desconforto.

Além de danos nos nervos, sobreviventes de câncer também pode ter linfedema (inchaço doloroso, que ocorre quando o líquido se acumula nos tecidos onde não deveria). A drenagem linfática muda quando o cirurgião remove os gânglios linfáticos juntamente com o tumor. Os gânglios linfáticos podem não drenar como costumavam fazer. E os sobreviventes de câncer também podem ter dor ou problemas para mover partes do corpo que foram cortadas para remover um tumor.

Tratando a Dor dos Sobreviventes de Câncer

Há muitas maneiras de Tratar a Dor Pós-Câncer. As diretrizes para o manejo da dor crônica recomendam uma abordagem multidisciplinar, que utiliza múltiplas modalidades focadas no conforto e na melhora da função do paciente. Por exemplo, uma combinação de:

  • Medicamentos para Dor;
  • Fisioterapia;
  • Exercício Regular;
  • Intervenções Psicossociais;
  • Modalidades Complementares e Alternativas.

Isso é especialmente útil para o sobrevivente com Dor Crônica e Condições Associadas, como um transtorno depressivo ou distúrbio do sono.

A condição mais comum de dor crônica com impacto limitado na função e no humor pode normalmente ser gerenciada no consultório do oncologista ou com modalidades alternativas para o alívio da dor.

Entre os diferentes métodos para combater a dor, estão as substâncias opiáceas, como a morfina ou a oxicodona, que em muitos pacientes apresentam efeitos colaterais insuportáveis. Nestes casos, por exemplo, os pacientes podem ser orientados por especialistas em dor crônica a usar estratégias não-opioides, como acupuntura, fisioterapia ou terapia cognitivo-comportamental para controlar a dor.

Técnicas de Fisioterapia para Aliviar a Dor e o Linfedema após a cirurgia e o tratamento de radiação estão demonstrando altas taxas de sucesso, assim como massagem e acupuntura quando necessário.

Abordagens Intervencionistas

Sobreviventes que sofrem de dor focal podem se beneficiar de abordagens intervencionistas para melhorar o controle da dor, assim como aqueles que têm controle inadequado da dor ou efeitos adversos significativos da farmacoterapia.

Pode-se bloquear o mecanismo que gera a dor, com abordagens locais ou em nível cerebral. As opções incluem terapias de injeção de medicamentos analgésicos ou anestésicos, bloqueio neural, terapias de neuroestimulação cerebral e analgesia nervosa.

Para alguns, porém, a dor persiste e pode ser muito grave. Nesses casos de dor crônica e persistente é importante que as pessoas em remissão sejam orientadas a procurar um Médico Especialista em Dor. Se a dor é realmente complexa, esses pacientes precisam de atendimento multidisciplinar:

  • Neurologista Especialista em Dor;
  • Médicos Especializados em Dor;
  • Fisioterapeutas;
  • Psicólogos.

Os pacientes também precisam compreender que existem muitas maneiras diferentes de lidar com a dor. Só porque o câncer se foi não significa que o indivíduo vai estar 100% do jeito que estava antes de ser tratado. Mas também é importante espalhar a conscientização de que os sobreviventes não devem sofrer em silêncio.

Uma maior consciência sobre o tema vai estimular oncologistas, entidades de pacientes e outros profissionais de saúde a trabalharem juntos, visando auxiliar o sobrevivente de câncer que precisa de ajuda para gerenciar a dor. Precisamos ajudar os sobreviventes de câncer a serem funcionais, participantes ativos de suas vidas pós-tratamento.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo publicado em: 13/12/2016. Artigo atualizado em: 30/08/2024.

3 Comentários

  1. Obrigado…Estou gostando :).

  2. Obrigado.Eu realmente aprendi muito.

  3. MakeUp disse:

    Obrigado.Estou gostando :).

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Última data de revisão: s�bado, 19 de abril de 2025