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O espasmo hemifacial trata-se de um tipo de distonia que provoca contrações involuntárias e indolores dos músculos de um dos lados do rosto (raramente nos dois lados).

O espasmo hemifacial ocorre devido a uma disfunção do 7º nervo craniano, responsável pelo movimento dos nervos faciais. O evento pode afetar ambos os sexos, mas atinge sobretudo as mulheres de idade mais avançada.

Continue a leitura e aprenda sobre o espasmo hemifacial, suas causas, diagnóstico e formas de tratamento.

Em que Consiste o Espasmo Hemifacial

O espasmo hemifacial é caracterizado por movimentos progressivos, involuntários, irregulares, clônicos ou tônicos dos músculos inervados pelo nervo facial (nervo craniano VII). Esse distúrbio desencadeia contrações involuntárias curtas ou mais longas dos músculos faciais. Normalmente, esses sintomas são estritamente unilaterais.

No início da doença, em muitos casos, espasmos involuntários ocorrem na região do músculo orbicular dos olhos, que depois se estendem gradualmente para outras partes da metade afetada da face. Em casos pronunciados, o músculo platisma também é afetado. Na maioria dos pacientes, os sintomas persistem durante o sono.

Embora não tenha consequências com risco de vida, as pessoas afetadas geralmente sofrem imensamente e tendem a se retirar cada vez mais do contato social. Como estressor psicossocial grave, a condição requer diagnóstico e terapia oportunos.

Causas

As causas do espasmo hemifacial não são completamente conhecidas, mas o transtorno pode ocorrer devido a uma artéria mal posicionada ou à curvatura de uma artéria, responsável pela compressão do nervo craniano facial.

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O espasmo pode ser provocado também pelo uso de determinados medicamentos, doenças que acometem a estrutura do cérebro, fatores genéticos, entre outros.

Diagnóstico

Diante dos sintomas de espasmo hemifacial, durante a consulta médica, o médico solicitará exames de imagem por ressonância magnética para diagnosticar a doença. O exame é capaz de detectar a alça anormal da artéria comprimindo o nervo craniano facial.

Além das dificuldades e da limitação para movimentar os músculos da face que o espasmo hemifacial provoca, ele também gera desconforto estético e minimiza a autoestima do paciente. Por isso, o tratamento contra a doença deve ser iniciado logo após a manifestação dos sintomas.

Se você sofre de espasmo hemifacial, não exite em marcar uma consulta com o médico neurologista de sua confiança, capaz de diagnosticar o espasmo e prescrever o tratamento adequado.

Tratamento

Existem três possibilidades mais comuns de tratamento para o espasmo hemifacial: o tratamento medicamentoso para controle parcial dos sintomas, a aplicação de toxina botulínica e a cirurgia. Somente os médicos especialistas em transtornos do movimento saberão prescrever o tratamento adequado para cada paciente, de acordo com suas especificidades.

A toxina botulínica geralmente apresenta bons resultados, mas exige reaplicação regular com intervalo de alguns meses. A mesma deve ser aplicada na região afetada pelos espasmos, por um médico especialista treinado.

Cirurgia de Descompressão

O procedimento cirúrgico é indicado nos casos em que nem o tratamento à base de medicamentos e nem a aplicação da toxina botulínica foram eficazes no combate dos espasmos.

A cirurgia de descompressão é realizada pelo médico neurocirurgião, e é eficaz nos casos de espasmo provocado por uma artéria mal posicionada. O procedimento é realizado sob anestesia geral do paciente e o risco de reações adversas é pequeno.

O procedimento cirúrgico se dá da seguinte forma: raspa-se uma área na região posterior da cabeça e faz-se um corte. O neurocirurgião faz um pequeno orifício no crânio e, em seguida, levanta o revestimento cerebral para expor o nervo. A artéria e o nervo são separados e é colocada uma pequena esponja entre ambos. Na maioria das vezes, este procedimento cirúrgico alivia a dor do paciente.

Toxina Botulínica

A toxina botulínica é uma neurotoxina que paralisa os músculos, bloqueando irreversivelmente a transmissão nervosa. Desde o início dos anos 80 tem sido utilizada para terapia local de injeção para espasmo hemifacial. Desde então, se tornou o tratamento sintomático padrão para a doença.

Esse tratamento resulta em um alívio notável a moderado dos sintomas em 85% a 95% dos pacientes, sendo no entanto, apenas sintomático.

Apesar disso, a injeção de toxina botulínica é uma opção minimamente invasiva para aliviar os sintomas do espasmo hemifacial, que tem poucos efeitos colaterais e pode ser administrada em nível ambulatorial.

Para certos grupos de pacientes, esta é a única opção eficaz de tratamento sintomático. Esse é principalmente o caso quando a cirurgia está fora de questão – por exemplo, em pacientes sob alto risco de anestesia ou naqueles pacientes cujos sintomas não são causados ​​por compressão vascular.

É importante considerar que a ausência de sintomas a longo prazo pode ser alcançada apenas por meio de cirurgia de descompressão microvascular, uma intervenção de risco relativamente baixo e com alta probabilidade de sucesso.

A opção de tratamento cirúrgico deve ser explicada a todos os pacientes com sintomas clínicos inequívocos, pois representa a única forma causal de tratamento.

Referência: Mayo Clinic

Artigo Publicado em: 13 de abril de 2018 e Atualizado em 22 de maio de 2020

3 Comentários

  1. ILSON AMELIO BENITEZ disse:

    HÁ MUITO TEMPO, COMECEI COM O MEU OLHO DIREITO PISCANDO SEM PARAR, DEPOIS COMEÇOU A SE FECHAR E CONTRAIR OS NERVOS DO PESCOÇO, PROCUEREI O HCOR, FOI ME INDICADO, NEUROGIA PARA DESCOMPRESSÃO DO NERVO FACIAL, POIS NO MEU CASO, NAO RESOLVERIA BOTOX, MARQUEI CONSULTA COM A SANTA DOUTORA ALESSANDRA GORGULHO, FIZ A CIRURGIA COM SUCESSO TOTAL, E HOJE VOLTEI A SORRIR E SER BEM MAIS FELIZ….AGRADEÇO DE CORAÇÃO A EQUIPE DA DRA ALESSANDRA GORGULHO, SE VC TIVER O MESMO PROBLEMA QUE EU TIVE, NAO PENSE DUAS VEZES, RESOLVA LOGO…
    ILSON AMELO BENITEZ

  2. Aline disse:

    10 anos sofrendo com isso, aplicando toxina botulínica e nada, somente pioras… acabei de fazer s cirurgia aqui na minha cidade! O que devem fazer é se tiverem plano de saúde, procurar um neurologista que aceite te operar pelo plano, foi isso que eu fiz. No particular, cálculo que o valor total deva ser de 100 mil. No SUS, deve ter como fazer também, porém o processo é lento, mas da pra entrar no ministério público e solicitar sua cirurgia. Viver com a angústia do espasmo te impossibilitando de ter vida social e ser prejudicado em sua funcionalidade é que não pode.

  3. Maria da Gloria Goneli Longo da Silva disse:

    meu esposo tem o mesmo problema que vc comentou alguns tempo já fez os procedimentos r pelos médicos fez botox várias vezes ajudou um pouco.Por favor envie o contato dessa médica Obrigada .

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024