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Habilidades Motoras Finas. Depois de um AVC, muitas pessoas não conseguem realizar com sucesso os movimentos básicos das mãos na vida cotidiana. O motivo são os sintomas de hemiparesia resultantes de danos ao cérebro, que afetam as habilidades motoras finas.

Continue a leitura e compreenda em que consistem as Habilidades Motoras Finas, Como elas São Afetadas pelo AVC e como se dá a recuperação.

Em que Consistem as Habilidades Motoras Finas

As habilidades motoras finas referem-se a como usamos nossas mãos e como coordenamos os pequenos músculos que controlam nossos dedos.

Uma deficiência nas habilidades motoras finas é tão importante para uma pessoa quanto uma violação dos movimentos globais, uma vez que tem um efeito significativo na vida diária: em particular, ao: abotoar, abrir uma porta, segurar talheres, pentear, escrever, etc.

Violação da coordenação motora fina na mão é uma das causas mais frequentes de perda persistente de habilidades profissionais, desajustes sociais e impossibilidade de autocuidado em pacientes após AVC (Acidente Vascular Cerebral), o que acaba levando a uma diminuição significativa em sua qualidade de vida.

Como o AVC Afeta as Habilidades Motoras Finas

Essas habilidades, junto com outras funções do braço, como estender a mão e agarrar, podem ser afetadas pelo AVC. A gravidade do acidente vascular cerebral determina a extensão dessa fraqueza.

Um AVC pode afetar muitas funções da extremidade superior, como:

  • Controle motor;
  • Percepção de onde seu corpo está no espaço (conhecido como propriocepção);
  • Diminuição da sensibilidade;
  • Fraqueza no ombro;
  • Fraquezas no pulso e na mão.
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Muitas vezes, mesmo com boa recuperação motora após um acidente vascular cerebral, uma síndrome pronunciada de “uso não habitual” da mão é observada até certo ponto na prática diária.

Gerenciamento

Para maximizar a independência com as atividades da vida diária e com a mobilidade, os sobreviventes de AVC podem se beneficiar da reabilitação dessas habilidades com a terapia ocupacional.

A terapia de habilidades motoras finas, geralmente, envolve pelo menos um destes tipos de intervenções:

  • Atividades comuns no cotidiano, como abotoar uma camisa, amarrar cadarços, cortar alimentos, abrir recipientes de comida e realizar a higiene no banheiro, usam habilidades motoras finas. Treinar estas atividades podem ajudar seu uso em outras tarefas diárias;
  • Tarefas funcionais, como pentear o cabelo, alimentar-se ou escovar os dentes;
  • Atividades terapêuticas menos funcionais, como empilhar cones ou enfiar contas no fio. Normalmente, as atividades terapêuticas ajudam a abordar aspectos mais específicos do déficit de habilidades motoras finas, como lidar com agarramentos específicos, como uma pinça lateral, que você usa ao girar uma chave ou uma empunhadura de tripé dinâmico, que permite segurar uma caneta;
  • Muitos déficits da habilidade motora fina envolvem fraqueza muscular. Os exercícios terapêuticos podem ajudar. Realizar movimentos envolvendo os músculos do bíceps ou abdominais, e usar pesos livres para construir força são exemplos. Isso ajuda a manter a força atual e/ou criar ganhos de força;
  • A estimulação elétrica neuromuscular envolve o uso de um dispositivo que fornece impulsos elétricos aos nervos, fazendo com que os músculos se contraiam. O objetivo é recuperar o movimento e a força;
  • Prática massiva de sessões com muita repetição de uma tarefa específica, como empilhar cones durante um determinado intervalo de tempo. A ideia é que “a prática leve à perfeição”;
  • Terapia de movimento induzido por restrição: Com base no princípio de que o movimento na mão ou no braço afetado pode ser fortalecido e aumentado pela restrição da mão não afetada: uma luva na mão “forte” estimula o uso da mão afetada. Ao focar no uso da mão ou do braço em recuperação, a terapia de movimento induzido por restrição ajuda a prevenir o “uso não habitual”, que ocorre quando os sobreviventes preferem que sua mão não afetada faça as coisas.

Autocuidado

Após a reabilitação, é importante que os sobreviventes continuem fazendo coisas que estimulem as habilidades motoras finas, como vestir-se e se alimentar da maneira mais independente possível.

Os terapeutas também podem ensinar exercícios a serem realizados em casa para que os sobreviventes possam usar as habilidades e as atividades aprendidas na terapia em suas rotinas diárias. É importante fazer valer cada hora do dia. Esses programas de exercícios em casa ajudam a manter os ganhos obtidos na terapia, permitindo que os sobreviventes se tornem o mais independentes possível.

Quando as habilidades motoras finas estão demorando para se recuperar, o terapeuta também pode ajudar a encontrar maneiras de estimular a independência e a função. É importante encontrar maneiras de um sobrevivente ter sucesso em sua vida cotidiana durante todo o processo de recuperação.

Referência: American Stroke Association

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024