A embolização de aneurismas cerebrais utiliza um método de orientação por imagem para isolar um aneurisma, bloqueando, assim, o fluxo de sangue e evitando que o aneurisma se rompa. Essa é uma abordagem menos invasiva para tratar um aneurisma intracraniano por dentro do vaso sanguíneo, sem a necessidade de uma craniotomia.
Como é realizada “dentro” da artéria, também pode ser chamada de abordagem endovascular, realizada através de um cateter orientável inserido na corrente sanguínea e guiado até o cérebro. Pequenas bobinas, cola ou stents de malha são usados para promover a coagulação e fechar o aneurisma.
Continue a leitura deste artigo para saber mais informações sobre a realização do procedimento e quando ele é indicado.
Neste procedimento, um micro cateter é inserido na artéria femoral próximo à virilha e direcionado para o local do aneurisma. Pequenas bobinas helicoidais de platina são implantadas por meio do microcateter para preencher o aneurisma e impedir sua expansão e ruptura. A embolização com mola também pode ser usada juntamente com outros dispositivos endovasculares, como stents e balões.
Tudo é assistido por meio de imagens radiológicas através de um monitor. Dentro do micro cateter são inseridos os fios de platina até o local do aneurisma, onde são posicionados em forma de espiral. Esse procedimento forma uma espécie de malha, preenchendo o local e evitando, assim, o seu rompimento e a hemorragia cerebral.
Veja abaixo os principais benefícios do procedimento:
Veja abaixo os riscos do procedimento:
A embolização com bobina oferece tratamento para pessoas com risco aumentado para a realização de craniotomia, como pessoas com mais de 65 anos de idade, com mau estado clínico ou com outras doenças associadas. A tecnologia também possibilita o tratamento de aneurismas cirúrgicos de alto risco.
Nem todos os aneurismas são adequados para embolização. A adequação depende do tamanho, da anatomia e localização do aneurisma. Aneurismas com mais de 10 mm de diâmetro ou com um colo de aneurisma maior ou igual a 4 mm são menos propensos a atingir a oclusão total.
Eles também são mais propensos a recorrências de aneurisma e complicações, como a compactação da bobina ou a oclusão do vaso parental. Além disso, os aneurismas na bifurcação da artéria cerebral média são menos adequados para a embolização da bobina.
Para alguns aneurismas, o tratamento requer o uso de embolização de bobina e recorte cirúrgico, ou tecnologias adjuntas – como stents e balões – para obter melhores resultados.
O sucesso a longo prazo da embolização endovascular para tratar aneurismas é de cerca de 80% a 85%. A recorrência do aneurisma após enrolamento ocorre em 20% dos pacientes. A recorrência ocorre se as molas não bloquearem completamente o aneurisma ou se as molas ficarem compactadas dentro do aneurisma.
Se a maior parte do aneurisma permanecer sem preenchimento, podem ser colocadas molas adicionais ou um clipe cirúrgico para interromper o crescimento. No geral, 5%-10% dos pacientes serão submetidos a um segundo tratamento para colocar bobinas adicionais, geralmente, no primeiro ano.
Uma dilatação fora do comum das artérias cerebrais, que pode se romper a qualquer momento em todo o cérebro, é uma forma denominada de aneurisma cerebral. Essa causa é responsável por um grande número de AVCs e hemorragias cerebrais, já que aneurismas rompidos se abrem e liberam sangue no espaço entre o cérebro e o crânio, chamado de hemorragia subaracnoidea.
Os aneurismas variam em tamanho e forma. Os aneurismas saculares têm um colo em sua origem na artéria principal e uma cúpula que pode se expandir como um balão.
Outros aneurismas, descritos como de colo largo ou fusiforme, não têm colo definido. A colocação de bobinas nesses aneurismas pode ser complicada e requer suporte adicional de stents ou balões.
Alguns aneurismas não podem ser tratados com enrolamento e devem ser cortados cirurgicamente. Para os pacientes que apresentam a forma grave dessa condição, a consulta neurológica deve ser imediata, em ambiente hospitalar, para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento especializado e oportuno para evitar consequências maiores e preservar a vida.
Se tiver qualquer dúvida sobre a indicação desse procedimento para o seu caso, não perca tempo; agende sua consulta.
Artigo Publicado em: 6 de dezembro de 2018 e Atualizado em: 30 de junho de 2023
Última data de revisão: s�bado, 23 de novembro de 2024