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Conheça as Terapias de Infusão de Fármacos para Parkinson
Infusão de Fármacos para Parkinson. Em estágios avançados da Doença de Parkinson, tratamentos como a administração oral de medicamentos, podem não ser suficientes para controlar os sintomas de forma eficaz. Nesse cenário, estão sendo desenvolvidas terapias de infusão de fármacos com o objetivo de proporcionar uma alternativa para pacientes que enfrentam flutuações motoras graves e períodos de “off”.
Embora essas terapias ainda não estejam disponíveis no Brasil, é possível que elas cheguem em breve, oferecendo novas possibilidades de controle da doença. Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre esta nova possibilidade de tratamento.
Terapias de Infusão de Fármacos para Parkinson
As terapias de infusão para tratamento do Parkinson consistem na administração contínua de medicamentos diretamente no organismo, por meio de dispositivos de infusão, como bombas subcutâneas ou sistemas implantáveis. Duas das terapias mais conhecidas são:
- Duodopa (levodopa/carbidopa em gel intestinal): Administrada diretamente no intestino delgado por meio de uma sonda e bomba de infusão. Esse tratamento ajuda a manter níveis mais constantes de levodopa no corpo, evitando as flutuações de efeito que os pacientes podem sofrer com os comprimidos orais;
- Apomorfina por infusão subcutânea: Um agonista dopaminérgico administrado por uma bomba subcutânea contínua. A apomorfina é usada para reduzir as flutuações motoras e melhorar os períodos “on”, quando os sintomas de Parkinson são controlados;
- Produodopa: administrado continuamente por meio de uma bomba, semelhante às bombas de insulina, sua formulação é composta de foslevodopa/foscarbidopa que são convertidas nas formas ativas, a levodopa e a carbidopa dentro do organismo. Por distribuir as substâncias em níveis homogêneos, a Produodopa consegue manter os níveis de dopamina estáveis, reduzindo as oscilações on/off.
Esses tratamentos oferecem uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo os sintomas motores e permitindo um controle mais eficaz da doença.
Neurocirurgia Funcional para Parkinson: as Terapias de Infusão
Embora as terapias de infusão para Parkinson sejam uma novidade, elas compartilham um princípio similar com tratamentos já consolidados na neurocirurgia funcional, como as bombas de morfina e bombas de baclofeno. Esses dispositivos são usados para administrar medicamentos de forma contínua e controlada diretamente no sistema nervoso central, oferecendo um alívio mais eficaz e com menos efeitos colaterais.
- Bombas de morfina: Utilizadas para o controle da dor crônica, especialmente em pacientes com câncer, a bomba de morfina é implantada sob a pele e entrega doses precisas de analgésico diretamente na medula espinhal;
- Bombas de baclofeno: Usadas no tratamento de espasticidade grave, a bomba de baclofeno administra o medicamento diretamente no líquido cefalorraquidiano, reduzindo espasmos musculares em pacientes com lesões medulares ou doenças neurológicas.
Assim como as bombas de morfina e baclofeno, as terapias de infusão para Parkinson têm o objetivo de melhorar a eficiência do tratamento, evitando os picos e quedas típicos da administração oral de medicamentos e garantindo um controle mais estável dos sintomas.
Ambas as abordagens exigem conhecimento técnico especializado para manuseio e monitoramento, algo em que os neurocirurgiões, com sua expertise em neurocirurgia funcional, são altamente capacitados.
Terapias de Infusão para Parkinson no Brasil
Embora as terapias de infusão para Parkinson já estejam disponíveis em muitos países, como Estados Unidos e na Europa, no Brasil ainda estamos aguardando a aprovação regulatória e a adaptação dos sistemas de saúde para essas novas opções de tratamento.
A chegada dessas terapias ao Brasil vai representar uma oportunidade significativa para os pacientes brasileiros, que podem se beneficiar de tratamentos mais avançados e com maior controle dos sintomas motores.
Se você, ou um ente querido, está enfrentando dificuldades no controle da Doença de Parkinson, é importante estar informado sobre as possibilidades de tratamento e conversar sobre elas com o especialista que acompanha o seu caso.
Seu médico neurocirurgião está capacitado para avaliar as opções mais adequadas e acompanhar de perto as novas alternativas terapêuticas que estão surgindo.
