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A utilização do Neuroestimulador Medular no Tratamento da Dor trata-se de um método seguro que garante altos índices de melhora dos sintomas dolorosos de forte intensidade. O tratamento é eficaz no controle da dor crônica no pescoço, na coluna torácica e lombar, nos braços, nas pernas, nas mãos e nos pés.

O procedimento equivale basicamente à aplicação de estímulos sobre a medula espinhal a fim de interromper os sinais de dor enviados da medula para o cérebro. O método de neuromodulação consiste na emissão de impulsos elétricos através de um eletródio.

Neste artigo, saiba mais sobre o procedimento de Estimulação Medular, suas indicações, benefícios e resultados.

Neuroestimulador Medular no Tratamento da Dor

A terapia de neuroestimulação foi desenvolvida na década de 1960 com objetivo de aliviar a dor neuropática, uma condição intratável até então.

O procedimento é bem simples: um sistema denominado neuroestimulador medular é introduzido no paciente. Em seguida, o gerador conectado ao eletródio gera uma corrente elétrica que é direcionada para regiões específicas da medula espinhal.

Os estímulos de dor emitidos sobre a medula bloqueiam os impulsos dolorosos que seriam transmitidos ao cérebro. O sistema nervoso interpreta esses sinais como uma sensação de massagem nos pontos expostos aos estímulos, provocando o alívio dos sintomas dolorosos.

A programação dos geradores de impulsos varia de paciente para paciente de acordo com o local da medula que o médico deseja estimular. As combinações entre pólos positivos e negativos, largura de pulso, frequência de estímulos e intensidade de corrente são fatores incluídos nessas variáveis.

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O procedimento da neuroestimulação medular é eficaz no alívio das sensações de queimação, desconforto e pontadas que afetam essa região. A taxa de melhora significativa da dor ocorre entre 70% e 80% dos casos quando os pacientes são corretamente indicados e submetidos ao procedimento.

Indicações

A indicação do neuroestimulador medular no tratamento da dor se dá somente para os casos de pacientes de dores neuropáticas que não obtiveram melhora com nenhuma das demais possibilidades de tratamento, resistentes aos tratamentos multidisciplinares e clínicos.

Outros tipos de tratamento para a dor neuropática incluem o medicamentoso, a fisioterapia, acupuntura, hidroterapia e outros tipos de cirurgia. O especialista responsável pela indicação do procedimento de neuroestimulação é o médico neurocirurgião.

Se nenhum dos tratamentos citados for eficaz no controle de sua dor, procure um neurocirurgião especialista em dor e realize uma avaliação.

Contraindicações

A estimulação não funciona para todos. Algumas pessoas podem achar a sensação desagradável. Outras pessoas podem não obter alívio em toda a área da dor.

Por essas razões, uma estimulação experimental permite que você experimente por uma semana. Se não funcionar para você, os fios de teste podem ser removidos sem causar danos à medula espinhal ou aos nervos.

Benefícios

A neuroestimulação medular proporciona diversos benefícios aos pacientes submetidos ao procedimento que incluem:

  • Melhora significativa e duradoura da dor na região da medula;
  • Melhora na capacidade de execução de atividades cotidianas;
  • Diminuição da ingestão de medicamentos para dor;
  • Trata-se de um procedimento neurológico que não provoca nenhum tipo de lesão ou alteração das estruturas neurológicas. Ou seja: pode ser removido ou desligado caso o médico julgue necessário;
  • O paciente tem a liberdade de ajustar a intensidade do estímulo de acordo com sua dor através de um controle remoto ajustado previamente pelo neurocirurgião;
  • Não impede a realização de outros tratamentos simultaneamente.

Resultados

Os resultados do procedimento dependem da seleção cuidadosa do paciente, da estimulação bem-sucedida do ensaio, da técnica cirúrgica adequada e da educação do paciente. A estimulação não cura a condição que está causando a dor. Em vez disso, ajuda os pacientes a controlar a dor. O tratamento é considerado bem-sucedido se a dor for reduzida em pelo menos metade.

Estudos publicados sobre estimulação da medula espinhal mostram alívio de longo prazo de bom a excelente em 50% a 80% dos pacientes que sofrem de dor crônica.

Uma vez que o estimulador foi programado, o paciente pode ir para casa com instruções para regular a estimulação, controlando a força e a duração de cada período de estimulação. O médico pode alterar a largura, amplitude e as frequências de pulso nas consultas de acompanhamento se necessário.

O programador portátil permite ligar e desligar o estimulador, selecionar programas e ajustar a força da estimulação. A maioria das pessoas recebe vários programas para obter o melhor alívio possível da dor em qualquer ponto do dia ou durante atividades específicas. Você pode usar seu estimulador de medula espinhal 24 horas por dia se necessário.

Algumas pessoas sentem diferenças na intensidade da estimulação dependendo de sua posição (por exemplo, sentado versus em pé). Isso é causado por variações na propagação da eletricidade conforme você muda de posição. E isso é normal.

Assim como um marca-passo cardíaco, o estimulador não pode ser danificado por dispositivos como:

  • Telefones celulares;
  • Microondas;
  • Portas de segurança;
  • Sensores anti-roubo.

Leve consigo o cartão de identificação do dispositivo implantado ao viajar de avião, pois o dispositivo é detectado nos portões de segurança do aeroporto.

Os sistemas de estimulação medular têm diferentes restrições ao uso com ressonância magnética, ultrassom, desfibrilador e marcapassos cardíacos. Certifique-se de conhecer as limitações de seu dispositivo.

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 6 de junho de 2018 e Atualizado em: 15 de outubro de 2021

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024