Parkinson e Quedas – Como Evitar Quedas em Pessoas com Parkinson?

Parkinson e Quedas
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Parkinson e Quedas. Embora o envelhecimento possa colocar todos nós em um risco maior de cair, as pessoas que vivem com Parkinson têm o dobro do risco.

As quedas geralmente resultam em lesões que variam de pequenos cortes a fraturas graves, afetando a mobilidade e a qualidade de vida.

Embora muitas pessoas atribuam as quedas aos sintomas motores do Parkinson, há muitos outros fatores que contribuem para isso. Continue a leitura deste artigo para conhecê-los e facilitar a prevenção.

Parkinson e Quedas – Qual a Relação?

Ao saber porque as pessoas com Parkinson têm maior probabilidade de cair, estratégias podem ser desenvolvidas para reduzir o risco. O aumento das quedas entre pessoas com Parkinson não está associado à idade ou ao sexo. Os pacientes que parecem ter um risco maior de cair incluem:

  • Aqueles com maior duração da doença;
  • Aqueles que tomam doses mais altas de levodopa;
  • Pessoas com postura curvada, problemas de equilíbrio, marcha prejudicada e episódios de congelamento;
  • Aqueles que experimentam mais discinesia (movimentos involuntários e descontrolados);
  • Aqueles que tomam antidepressivos ou medicamentos antipsicóticos, devido aos seus efeitos sedativos;
  • Aqueles que têm dificuldades cognitivas, como dificuldade em multitarefa, troca de tarefas ou resolução de problemas;
  • Aqueles que experimentam distúrbios do sono, particularmente distúrbio do sono REM (uma condição em que a pessoa representa seus sonhos de formas físicas enquanto dorme);
  • Aqueles com deficiência visual, como visão embaçada ou incapacidade de reconhecer mudanças na percepção de profundidade.

Sintomas Motores e o Risco de Quedas

Os sintomas motores, como rigidez e lentidão de movimento, juntamente com as alterações associadas na postura, contribuem para o risco de queda. Isso pode causar uma perda de equilíbrio durante as atividades diárias, como levantar-se, ou curvar-se para a frente, virar bruscamente, andar enquanto vira a cabeça ou falar.

As quedas também podem ocorrer devido aos reflexos posturais prejudicados; à postura curvada e marcha arrastada; e ao congelamento de marcha (incapacidade de iniciar o movimento, como se os pés estivessem grudados no chão).

Sintomas não Motores e o Risco de Quedas

Também existem sintomas não motores que podem aumentar o risco de quedas. Por exemplo, uma pessoa com Parkinson pode apresentar pressão arterial baixa ao levantar-se da posição sentada ou deitada, o que, por sua vez, produz tontura e pode causar uma queda.

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Depois, há prisão de ventre, que aumenta o risco de quedas no banheiro, pois pode fazer com que uma pessoa se esforce para evacuar. Por sua vez, isso pode estimular uma queda na frequência cardíaca e aumento ou diminuição da pressão arterial – às vezes, resultando em tonturas e quedas. A constipação também causa pressão física na bexiga, o que contribui para a incontinência urinária. Isso pode resultar em quedas quando a pessoa corre para o banheiro ou escorrega na urina perdida.

Fadiga e exaustão devido aos distúrbios do sono ou à falta de sono também são fatores de risco ocultos, assim como o estresse e as reações emocionais aos eventos da vida. Embora o estresse tenda a piorar os sintomas em geral, muitas pessoas também desenvolvem um medo aumentado e às vezes incapacitante de cair.

Por último, existem problemas com a função executiva em pessoas com Parkinson – a capacidade de selecionar, organizar e sequenciar informações e funções relacionadas. Isso pode causar distração, causando um aumento no risco de queda.

Reduzindo o Risco de Quedas

É importante que você tome todos os medicamentos para Parkinson conforme prescrito para que os sintomas como dificuldade de marcha e congelamento sejam bem controlados.

Mas também existem algumas formas de reduzir o risco de queda que você e sua família podem começar a colocar em prática hoje mesmo. Por exemplo:

  • Converse com seu médico sobre seus riscos. Seu médico pode avaliar seu risco pessoal e ajudá-lo a controlar seus medicamentos e quaisquer efeitos colaterais. Pode ser necessário ajustar ou trocar os medicamentos;
  • Praticar exercícios regularmente ajuda a manter a força, melhorar a resistência, melhorar o equilíbrio e reduzir o risco de quedas. Os exercícios que desafiam o seu equilíbrio são especialmente benéficos e a literatura científica mostrou que os exercícios que requerem sua atenção, concentração e seu foco na atividade e no movimento também podem ser neuroprotetores – protegendo as células nervosas de danos e possivelmente retardando a progressão da doença;
  • Faça modificações em sua casa. Existem várias adaptações que podem ser feitas em sua casa para diminuir a probabilidade de quedas, como remover tapetes, garantir caminhos largos através dos móveis e adicionar tapetes antiderrapantes e barras de apoio aos chuveiros e às banheiras;
  • Use um auxílio para caminhar. As bengalas ou os andadores de quatro rodas oferecem estabilidade;
    Aprenda maneiras de superar episódios congelantes, como caminhar no ritmo de uma música ou um metrônomo. Algumas pessoas também acham útil mover-se de um lado para o outro antes de avançar;
  • Trabalhe com um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional. Eles podem fornecer exercícios para ajudar a manter sua força, estabilidade e mobilidade. Ou mesmo sugerir adaptações e modificações que podem ser realizadas no seu ambiente.

Se você teve uma queda recentemente, então, estatisticamente, é muito mais provável que tenha outra nos próximos seis meses. Portanto, é importante que você informe o seu médico e cuidador se você cair, para que possam, juntos, fazer tudo o que estiver ao seu alcance para prevenir as quedas.

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024