A Síndrome de Dor Regional Complexa (SDRC) é uma condição mal compreendida em que uma pessoa sente dor persistente, severa e debilitante.
Embora a maioria dos casos de SDRC seja desencadeada por uma lesão, a dor resultante é muito mais intensa e duradoura do que o normal.
O que Significa Síndrome Dolorosa Regional Complexa?
A síndrome de dor regional complexa (SDRC) é um termo amplo que descreve a dor excessiva e prolongada, e a inflamação que se seguem a uma lesão em um braço ou em uma perna.
A condição apresenta formas agudas (recente, curto prazo) e crônicas (com duração superior a seis meses). Pessoas com SDRC apresentam combinações variáveis de dor espontânea ou excessiva, muito maior do que o normal, após algo tão leve como um toque.
Outros sintomas incluem mudanças na cor da pele, na temperatura e/ou inchaço no braço ou na perna abaixo do local da lesão. Embora melhore com o tempo, eventualmente desaparecendo na maioria das pessoas, os casos graves ou prolongados são profundamente incapacitantes.
Causas
Não está claro porque algumas pessoas desenvolvem SDRC, enquanto outras com trauma semelhante não.
Em mais de 90 por cento dos casos, é desencadeada por trauma nervoso ou lesão no membro afetado que danifica as fibras nervosas sensoriais e autonômicas mais finas.
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Essas pequenas fibras, que não possuem bainhas de mielina espessas e isolantes (uma camada protetora, como o isolamento que envolve um fio), transmitem dor, coceira e sensações de temperatura, e controlam os pequenos vasos sanguíneos e a saúde de quase todas as células circundantes.
As situações mais comuns que levam ao desenvolvimento de uma SDRC são:
- Fraturas. Essa é a causa mais comum, principalmente as fraturas no punho. Os nervos podem ser feridos por um osso deslocado ou estilhaçado, ou pela pressão de um gesso apertado. Gessos muito apertados ou doloridos devem ser imediatamente cortados e substituídos para evitar esta complicação;
- Cirurgia. Uma incisão cirúrgica, afastadores, posicionamento, suturas ou cicatrizes pós-operatórias podem causar lesão nervosa;
- Entorses / distensões. As rupturas dos tecidos conjuntivos ou o trauma podem permitir o movimento excessivo de uma articulação que distende os nervos próximos;
- Lesões menores, como queimaduras ou cortes. Podem danificar os nervos subjacentes;
- Imobilização de membros. Além de raramente pressionar os nervos e restringir o fluxo sanguíneo para as mãos e os pés, aplica força ao desuso prolongado de um membro e o priva de estímulos sensoriais. Depois que o gesso é removido, os neurônios precisam de tempo para se readaptarem à sinalização normal;
- Penetrações, como de um corte ou picada de agulha, podem perfurar acidentalmente um nervo sensorial superficial;
- Pequenos coágulos às vezes bloqueiam o fluxo sanguíneo para um nervo e o danifica;
- Muito raramente, um tumor, uma infecção ou vasos sanguíneos anormais irritam um nervo.
Sintomas
- Dor não provocada ou espontânea que pode ser constante ou flutuar com a atividade;
- Dor excessiva ou prolongada após contato;
- Mudanças na textura, na temperatura e na cor da pele ou inchaço do membro afetado;
- Sudorese anormal e crescimento de unhas e cabelos no membro afetado;
- Rigidez nas articulações afetadas;
- Desgaste ou crescimento ósseo em excesso;
- Força muscular e movimento prejudicados.
A maioria dos indivíduos não apresenta todos esses sintomas. Além disso, o número e a intensidade desses sintomas geralmente diminuem com o tratamento.
Tratamento
A maioria dos casos iniciais ou leves se recupera por conta própria. O tratamento é mais eficaz quando iniciado precocemente.
As terapias amplamente utilizadas incluem:
- Reabilitação e fisioterapia. Esse é o tratamento mais importante. A reabilitação do membro afetado ajuda a prevenir ou a reverter as alterações secundárias da medula espinhal e do cérebro associadas ao desuso e à dor crônica. A terapia ocupacional pode ajudar o paciente a aprender novas maneiras de retornar ao trabalho e às tarefas diárias;
- Psicoterapia. Pessoas com SDRC grave geralmente desenvolvem problemas psicológicos secundários, incluindo depressão, ansiedade situacional e, às vezes, transtorno de estresse pós-traumático. Isso aumenta a percepção da dor, reduz ainda mais a atividade e a função cerebral, e torna difícil para os pacientes procurarem atendimento médico e se engajarem na reabilitação e na recuperação. O tratamento psicológico ajuda as pessoas com SDRC a se recuperarem melhor;
- Medicamentos. Várias classes de medicamentos foram relatadas como eficazes, particularmente quando administradas no início da doença. Seu médico especialista em dor pode lhe indicar a melhor opção para seu caso específico;
- Estimulação da medula espinhal. Eletrodos estimulantes criam sensações de formigamento na área dolorida que ajuda a bloquear as sensações de dor e a normalizar a sinalização na medula espinhal e no cérebro. Uma pequena cirurgia é necessária para implantar o estimulador, a bateria e os eletrodos sob a pele do torso;
- Outros tipos de estimulação neural. A neuroestimulação implantada pode ser aplicada em outros locais, incluindo nervos próximos à lesão (estimuladores de nervos periféricos), sob o crânio (estimulação do córtex motor com eletrodos) e dentro de centros de dor cerebral (estimulação cerebral profunda);
- Bombas de infusão espinhal. Esses dispositivos implantados fornecem medicamentos para o alívio da dor diretamente no fluido que banha as raízes nervosas e a medula espinhal. Normalmente, são misturas de opioides, agentes anestésicos locais, clonidina e baclofeno. A vantagem é que podem ser usadas doses muito baixas, que não se espalham além do canal espinhal nem afetam outros sistemas do corpo. Isso diminui os efeitos colaterais e aumenta a eficácia do medicamento.
É importante consultar um médico especialista em dor se sentir dor persistente que impeça a realização de suas atividades cotidianas.
Diagnosticar SDRC pode ser difícil, mas obter ajuda o mais rápido possível favorece o tratamento precoce e ajuda a reduzir os sintomas dolorosos.
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