Anticoagulantes na Prevenção do AVC. Quando um pedaço de um coágulo sanguíneo se rompe, ele pode viajar para o cérebro e causar um AVC isquêmico. É aí que entram os anticoagulantes. Os medicamentos anticoagulantes diminuem as chances de formação de coágulos sanguíneos na circulação, reduzindo o risco de uma isquemia.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre o AVC e como a terapia com anticoagulantes ajuda na sua prevenção.
O AVC (Acidente Vascular Cerebral), conhecido popularmente como derrame, é a maior causa de incapacitação no mundo e a principal causa de morte no Brasil: a cada cinco minutos morre um brasileiro em decorrência da doença, que mata cerca de 100 mil pessoas anualmente no país.
Os coágulos arteriais são aqueles formados no interior das artérias que impedem o oxigênio de chegar em órgãos vitais. Uma vez que o coágulo se forma, provoca sintomas imediatos, podendo causar uma variedade de complicações graves, incluindo o AVC isquêmico.
Muitas pessoas deixam de tomar o anticoagulante por medo de ter hemorragia, inclusive o AVC hemorrágico (conhecido como derrame). O que a maioria da população não sabe é que o tipo mais frequente de AVC é o isquêmico e esse é prevenível com medicamentos anticoagulantes.
O AVC isquêmico é provocado pela formação de um coágulo no cérebro que faz com que o acúmulo de sangue cause um entupimento de uma artéria na região cerebral, impedindo que o oxigênio alcance os órgãos vitais. Já o AVC hemorrágico é culminado pela ruptura espontânea de um vaso sanguíneo.
Para prevenir a formação destes coágulos, utiliza-se um medicamento denominado anticoagulante: eles reduzem a capacidade de coagulação sanguínea e, consequentemente, diminuem a formação de coágulos no coração e no interior das veias e artérias.
Os anticoagulantes apresentam-se de diferentes formas: podem ser ingeridos como comprimidos, via oral ou via endovenosa, através de injeções. A prescrição do tipo e da dosagem do anticoagulante deve ser realizada por um especialista. O uso dos anticoagulantes não pode ser alterado ou suspenso em hipótese alguma sem consulta ao médico.
A maioria dos medicamentos é usada para melhorar a forma como os pacientes se sentem ou executam sua rotina diária, mas os anticoagulantes não são usados dessa forma. Eles são medicamentos preventivos, usados para prevenir AVC em pessoas que geralmente se sentem bem.
Quando o tratamento é bem-sucedido, os pacientes reduzem drasticamente o risco de sofrer um AVC mesmo que não sintam nenhum benefício perceptível ao tomá-los. Mas quando os pacientes evitam anticoagulantes por razões como efeitos colaterais hemorrágicos e custo, eles se colocam em risco de danos cerebrais irreversíveis e incapacidades. O benefício de uma redução do risco de AVC supera claramente os riscos e inconveniências desses medicamentos.
O tratamento com anticoagulantes na prevenção do AVC surgiu há mais de 50 anos e contém uma gama de limitações que complicam sua utilização, incluindo a necessidade de exames de sangue frequentes para ajustar a dosagem, restrições alimentares, interações com vários medicamentos, etc.
Felizmente, a modernização dos anticoagulantes vem trazendo vantagens em relação aos tratamentos medicamentosos antigos: estima-se que os novos anticoagulantes têm capacidade de reduzir em até 75% os riscos de AVC. Quando comparados aos tratamentos antigos, a nova geração de coagulantes assegura maior eficácia e segurança na prevenção do AVC.
A escolha do anticoagulante, assim como a dose a ser empregada na prevenção do AVC, deve levar em conta as características farmacocinéticas de cada medicação. Consulte um especialista em AVC e previna-se, principalmente se você faz parte de algum dos grupos de risco.
Artigo Publicado em: 23 de maio de 2018 e Atualizado em: 01 de outubro de 2021
Última data de revisão: sexta, 13 de dezembro de 2024