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A destruição (também chamada ablação) dos nervos é um método que pode ser usado para reduzir certos tipos de dor crônica, impedindo a transmissão de seus sinais. A Cirurgia Ablativa para Dor Crônica, como é chamada, é um procedimento seguro no qual uma porção do tecido nervoso é destruída ou removida para causar uma interrupção nos sinais de dor e reduzir a sintomatologia nessa área.

Pacientes com câncer que sofrem de dor refratária intensa podem se beneficiar de procedimentos neurocirúrgicos ablativos direcionados, com o objetivo de desconectar as vias de dor na medula espinhal ou no cérebro.

Continue a leitura e conheça melhor a realização deste procedimento e suas indicações.

O que é uma Cirurgia Ablativa para Dor Crônica?

Numa abordagem multidisciplinar ao tratamento da dor crônica, os métodos neurocirúrgicos são uma parte indispensável do arsenal terapêutico. Com exceção das intervenções percutâneas para neuralgia do trigêmeo e síndromes articulares, a maioria dos procedimentos de cirurgia da dor ablativa (neurotomia, rizotomia, simpatectomia etc.) foram substituídos por abordagens neuromoduladoras, como a estimulação elétrica do sistema nervoso central (SNC).

No entanto, estes procedimentos ainda continuam sendo uma opção valiosa para certas formas de dores relacionadas ao câncer, que são relativamente resistentes à farmacoterapia. Para muitos desses pacientes, a cirurgia da dor é a única ou a melhor opção de tratamento. Entretanto, esses pacientes geralmente apresentam uma infinidade de problemas médicos que requerem consideração cuidadosa antes das intervenções cirúrgicas. Leia este artigo para saber mais sobre as dores relacionadas ao câncer.

Como é Realizada

A ablação nervosa pode ser realizada de diferentes formas, incluindo:

  • Ablação por radiofrequência: Uso de calor para interromper a condução nervosa. Pode ser convencional (lesão contínua) ou pulsada (menos destrutiva);
  • Crioablação: Aplicação de frio extremo para danificar temporariamente o nervo;
  • Neurotomia ou rizotomia: Secção cirúrgica de nervos específicos para alívio da dor;
  • Ablação química: Uso de substâncias como álcool ou fenol para interromper permanentemente a função do nervo.

A sua denominação pode variar de acordo com o método a ser realizado. Por exemplo, pode ser chamado de ablação por radiofrequência, crioablação, neurotomia ou rizotomia.

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O seu médico neurocirurgião primeiro identifica o nervo ou nervos que estão enviando sinais de dor ao seu cérebro. Você fará um teste que usa um bloqueio de nervo, que entorpece nervos específicos, para ajudar a identificar quais são os causadores da sua dor.

Durante o procedimento, pode ser necessário fazer radiografias para identificar o local adequado para realizar a ablação. Depois de receber um anestésico local, o médico coloca uma ferramenta médica sob a pele. É através dela que o tecido nervoso é removido ou destruído. Dependendo de como a ablação é feita, isso pode causar uma sensação de zumbido ou formigamento.

Esse procedimento é realizado em uma sala de cirurgia. Leva entre 20 minutos a 1 hora ou mais, dependendo de quantos e quais nervos estão sendo bloqueados. Se o nervo que está bloqueado não for o nervo que está causando a dor, sua dor não será reduzida.

Efeitos

O dano aos seus nervos os impede de enviar sinais de dor ao seu cérebro. Mas o nervo geralmente tenta voltar a crescer. Nesse caso, os resultados são apenas temporários e geralmente duram de 6 a 9 meses. Por este motivo, entre os pacientes que podem se beneficiar desse método, destacam-se aqueles com dor oncológica refratária, uma condição que muitas vezes não responde bem aos analgésicos tradicionais.

Nesses casos, procedimentos neurocirúrgicos ablativos podem ser realizados para interromper as vias da dor na medula espinhal ou no cérebro, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida.

Outros fatores a considerar incluem:

  • Melhoria da mobilidade e bem-estar para pacientes que sofrem com dores limitantes;
  • Redução do uso de medicamentos analgésicos, minimizando efeitos colaterais de opioides e anti-inflamatórios;
  • Procedimento minimamente invasivo, com recuperação relativamente rápida.

Por outro lado, como qualquer procedimento médico, existem riscos e limitações:

  • Dormência ou perda de sensibilidade na área tratada, podendo ser temporária ou permanente;
  • Possível falha no alívio da dor, caso os nervos tratados não sejam os principais responsáveis pelos sintomas;
  • Risco de dor neuropática, caso os nervos cresçam de forma anormal após a ablação.

Quem Pode se Beneficiar da Cirurgia Ablativa?

A cirurgia ablativa pode ser indicada para pacientes que:

  • Sofrem de dor crônica intensa, especialmente relacionada ao câncer;
  • Não obtiveram alívio adequado com tratamentos convencionais, como medicamentos ou fisioterapia;
  • Apresentam boas condições de saúde para um procedimento neurocirúrgico.

Por outro lado, não é recomendada para todos os casos. Pacientes que não responderam bem a bloqueios nervosos diagnósticos ou que apresentam contraindicações médicas específicas podem não ser bons candidatos para a ablação.

Se você ou um ente querido sofre de dor crônica e deseja saber se a cirurgia ablativa pode ser uma opção para o seu caso, entre em contato para uma consulta com um neurocirurgião especializado. Apenas uma avaliação cuidadosa pode determinar o melhor caminho para aliviar a dor e melhorar sua qualidade de vida.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 16 de setembro de 2019 e Atualizado em: 14 de março de 2025

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Última data de revisão: segunda, 31 de mar�o de 2025