Qual o Risco de Convulsões Pós-AVC?

Qual o Risco de Convulsões Pós-AVC?
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Convulsões Pós-AVC. Os pacientes que sobrevivem a um AVC têm maior probabilidade de ter convulsões. O risco de convulsão após o AVC isquêmico é de pelo menos 5%, de acordo com pesquisas recentes, enquanto que o AVC hemorrágico acarreta risco ainda maior, de uma ou de mais convulsões subsequentes.

Embora o maior risco de epilepsia pós-AVC ocorra nos primeiros 30 dias após o evento, também pode começar anos depois. Uma vez que alguém tenha sofrido uma lesão no cérebro, há um risco maior de sofrer uma convulsão mais tarde.

Continue a leitura e aprenda sobre as características das convulsões pós-AVC, seus fatores de risco e formas de prevenção.

Características das Convulsões Pós-AVC

As convulsões pós-AVC têm apresentações diferenciadas, dependendo de qual parte do cérebro é afetada. Consequentemente, não se parecem, necessariamente, com o ataque tônico-clônico generalizado que a maioria das pessoas imagina quando ouve a palavra “convulsão“.

A convulsão de um paciente pode se manifestar com postura do membro ou com movimentos anormais, enquanto que a de outro pode resultar como falta de jeito ou de uma queda.

Quaisquer movimentos ou comportamentos alterados, incluindo espasmos musculares, desvio do olho ou alteração aparente da consciência, são sinais que podem levantar suspeitas de convulsão.

Fatores de Risco

Quanto maior o dano causado pelo AVC, mais provável é o desenvolvimento de epilepsia. Os danos cerebrais de um AVC tendem a ser mais extensos em pacientes mais jovens e, consequentemente, o risco de desenvolver epilepsia pós-AVC é maior.

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A epilepsia pós-AVC também é considerada mais provável após acidentes vasculares cerebrais na camada cortical ou na externa do cérebro, especialmente, com evidências de hemorragia.

Por outro lado, é improvável que os AVCs de pequenos vasos, subcorticais e lacunares causem convulsões.

Diagnóstico

As convulsões e a epilepsia após o AVC são, geralmente, pouco reconhecidas. Elas podem passar despercebidas, porque:

  • Não se parecem com convulsões típicas;
  • Podem se assemelhar aos sintomas de AVC;
  • Os pacientes com AVC têm dificuldade em comunicar seus sintomas.

No entanto, existem sinais, sintomas e fatores de risco que podemos usar para prever a possibilidade de desenvolver epilepsia após o AVC.

Para determinar se um paciente teve uma convulsão, um neurologista avalia o histórico médico, os exames de neuroimagem recentes e os testes de laboratório. No caso de qualquer suspeita de atividade convulsiva, um eletroencefalograma será solicitado para verificar qualquer anormalidade sugestiva de convulsão.

Tratamento e Prevenção

Nenhum tratamento específico está disponível para prevenir o desenvolvimento de epilepsia após um acidente vascular cerebral. Pacientes que sofreram um AVC parecem ser uma população ideal para se estudar tratamentos que podem prevenir o desenvolvimento de epilepsia, uma vez que é um grupo bem definido de risco para a doença.

Embora a probabilidade de convulsões seja bastante alta em pacientes pós-AVC, a profilaxia das convulsões recorrentes com medicamentos anticonvulsivantes não é comumente praticada, já que a maioria destes medicamentos prejudica a cognição em pacientes idosos.

Somente os pacientes de alto risco que desenvolvem uma primeira crise epiléptica entre seis meses e dois anos após o AVC devem ser tratados. Em pacientes com crises convulsivas de início muito tardio, provavelmente seria possível adiar o início do tratamento até depois de uma segunda crise.

Por este motivo, educar os pacientes, suas famílias e os cuidadores sobre o assunto é essencial, para que eles saibam reconhecer os sinais de alerta e como responder.

O paciente, a família e os cuidadores devem ser orientados sobre essa possibilidade. Felizmente, a maioria dos casos de convulsões não são fatais, mas o risco de lesões é alto em quedas que pegam os pacientes de surpresa. A boa notícia é que a epilepsia decorrente de AVC, geralmente, responde muito bem a tratamentos que são seguros e toleráveis. Realize o acompanhamento com o seu médico neurocirurgião de confiança.

Referência: American Heart Association

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Última data de revisão: quinta, 12 de dezembro de 2024