A doença de Moyamoya é uma condição cerebrovascular que predispõe os pacientes acometidos a AVC em associação com estenose das artérias carótidas internas intracranianas e seus ramos.
Neste artigo, saiba mais sobre a Doença de Moyamoya, suas causas, seus sintomas, seu diagnóstico e tratamento.
A doença de Moyamoya é um distúrbio progressivo que afeta os vasos sanguíneos do cérebro. Caracteriza-se pelo estreitamento (estenose) e/ou fechamento (oclusão) da artéria carótida dentro do crânio, a principal artéria que leva sangue ao cérebro.
Ao mesmo tempo, pequenos vasos sanguíneos na base do cérebro se abrem em uma tentativa de fornecer sangue às regiões do cérebro próximas ao bloqueio. Esses minúsculos vasos são os vasos “moyamoya”, o que deu o nome à doença.
O suprimento sanguíneo inadequado leva à redução do fornecimento de oxigênio ao cérebro e é essa privação de oxigênio que causa os sinais e sintomas da doença.
Embora possa ocorrer em qualquer idade, existem dois períodos de pico de incidência:
Até o momento, sabemos que o distúrbio pode aparecer de forma isolada, principalmente devido aos traços genéticos ou ocorrer devido a outros distúrbios vasculares cerebrais.
Já foram relatadas associações com as seguintes doenças:
A doença também pode ser transmitida geneticamente, sendo a causa responsável por aproximadamente 10% de todos os casos em países asiáticos.
O principal grupo de sintomas é o mesmo observado em casos de acidente vascular cerebral, como:
Perda temporária da função neurológica de partes do corpo ou da fala também podem acontecer. Outros sintomas que podem resultar incluem:
Embora os adultos com Moyamoya também apresentem sinais e sintomas de isquemia cerebral, eles também têm uma maior tendência a sofrer hemorragia intracraniana do que as crianças, possivelmente devido à ruptura dos minúsculos vasos sanguíneos da região, especialmente no cenário de pressão arterial mais alta observada na idade adulta.
Na maioria dos pacientes, o diagnóstico pode ser feito a partir de uma avaliação cuidadosa de uma ressonância magnética e uma arteriografia cerebral. Esses exames podem ajudar a:
Não há medicação disponível que impeça a progressão do estreitamento da artéria cerebral e a doença continuará a progredir na grande maioria dos pacientes, independentemente do tratamento. Por esse motivo, a principal abordagem é tratar os sintomas.
As medidas de tratamento incluem o uso de aspirina (para prevenir ou reduzir o desenvolvimento de pequenos coágulos sanguíneos dentro dos vasos estreitos) e medicamentos anticonvulsivos (quando indicados devido ao distúrbio convulsivo do paciente).
Os bloqueadores dos canais de cálcio às vezes são usados para ajudar a reduzir a dor de cabeça e, em alguns pacientes, reduzir os sintomas relacionados aos ataques isquêmicos transitórios.
Os procedimentos cirúrgicos são projetados para restabelecer o suprimento de sangue para o cérebro, desviando a circulação sanguínea do couro cabeludo para a superfície do cérebro e, assim, contornando a perda progressiva do fluxo sanguíneo do hemisfério cerebral afetado.
Os resultados após a cirurgia têm sido muito bons, com prevenção a longo prazo de acidentes vasculares cerebrais observados em estudos com pacientes pediátricos e adultos.
Última data de revisão: sexta, 13 de dezembro de 2024