Dor Crônica Após a Cirurgia – Porque Acontece e Como Tratar

Dor Crônica Após a Cirurgia
Compartilhe

Cerca de 30% dos pacientes sentem dor crônica após a cirurgia, embora isso varie daqueles com sintomas leves até aqueles com dor mais intensa. Assim como o impacto na qualidade de vida dos afetados, a dor crônica pode ser difícil de tratar. Então, entender mais sobre quem está em risco de desenvolver dor crônica após a cirurgia é importante, pois pode ajudar a prevenir que aconteça.

Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre os grupos de pacientes que podem estar mais em risco de dor após a cirurgia e os fatores a evitar para que não aconteça com você.

Em que Consiste a Dor Crônica Após a Cirurgia

O tipo de dor pode depender da operação em si, porque os sintomas dolorosos geralmente estão relacionados à distribuição dos nervos na área da operação. Por exemplo, após a cirurgia de reparo de hérnia na virilha, as pessoas relataram dor na parte frontal e interna da coxa, ou nos testículos. Isso pode estar relacionado à potencial irritação dos nervos na virilha durante o reparo cirúrgico da hérnia.

Agora entendemos mais sobre dor no nervo ou ‘dor neuropática‘ que pode surgir de lesão nervosa. Características e descrições típicas de dor neuropática incluem:

  • Pontadas;
  • Formigamento;
  • Dormência;
  • Alterações de sensibilidade.

Nem sempre é possível evitar danos nos nervos durante uma operação, especialmente durante uma cirurgia de câncer, quando a remoção do tumor tem prioridade.

Além disso, saber quando a dor se torna crônica após uma cirurgia é difícil porque muitas pessoas fizeram a cirurgia para tratar uma condição dolorosa, como uma hérnia de disco ou um problema de coluna. A dor é simplesmente uma continuação da dor antiga ou é nova? E, mesmo que seja nova, está relacionada à cirurgia?

Às vezes é óbvio que algo mudou – danos nos nervos após uma operação para reparo de hérnia podem ser bem diferentes do desconforto sentido antes da operação. Mas pode ser difícil diferenciar as dores, se a dor original (que a operação foi feita para tratar) não foi de fato aliviada pela cirurgia.

Diga Adeus às Dores.
Reserve agora sua Consulta.

As características que podem permitir que os médicos identifiquem se você tem dor crônica pós-cirúrgica incluem:

  • A dor se desenvolve após uma operação cirúrgica;
  • A dor dura pelo menos três meses após a operação;
  • Não se acredita que sua dor seja causada por outras causas, como uma infecção ou câncer;
  • Sua dor é diferente da que sentia com a condição original.

Fatores de Risco para Desenvolver Dor Crônica Após a Cirurgia

Além do tipo e abordagem da cirurgia, vários outros fatores de risco foram atribuídos à Dor Crônica Após a Cirurgia.

Alguns deles são fatores do paciente (incluindo gênero feminino, ser um adulto jovem, predisposição genética e fatores psicossociais), condições preexistentes do paciente (por exemplo, dor presente no pré-operatório e quaisquer condições dolorosas preexistentes em outras partes do corpo) e fatores perioperatórios (por exemplo, duração e tipo de cirurgia, extensão do dano nervoso no intraoperatório e gravidade e duração da dor aguda pós-operatória).

Um forte fator de risco é a extensão do dano tecidual durante a cirurgia e lesão dos nervos durante a dissecção ou retração. Os nervos estão em risco contínuo de contusão, estiramento, divisão ou aprisionamento por insultos como retração cirúrgica ou compressão com ossos.

Tratamento da Dor Crônica Pós-Cirúrgica

O tratamento não depende do tipo de cirurgia que você fez. Por exemplo, nem todo mundo que sofre dor após uma mastectomia terá o mesmo “tipo” de dor ou pelo mesmo motivo. Assim, o tratamento dependerá das características da dor e também do possível motivo para o desenvolvimento da dor e não do fato de que a operação cirúrgica tenha sido uma mastectomia.

É importante buscar um especialista em dor que ouça sua história, faça um exame completo e permita que você dê uma explicação completa sobre seus sintomas. Assim, ele obtém uma compreensão do problema e do impacto que a dor tem em sua vida diária.

De acordo com o mecanismo que causa a dor, podemos utilizar tratamentos como:

  • Uso de medicamentos antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes e analgésicos;
  • Aplicação de TENS (estimulação elétrica nervosa transcutânea);
  • Injeções com medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios ou anestésicos.

Com base em nossa experiência clínica, para os pacientes com tratamento farmacológico mal sucedido, deve-se considerar intervenções para dor, como:

  • Aplicação de toxina botulínica;
  • Radiofrequência pulsada;
  • Bloqueios nervosos;
  • Ablação nervosa;
  • Neuromodulação;
  • Tratamento cirúrgico.

Recentemente, a estimulação da medula espinhal tem fornecido resultados promissores e é comumente usada para dor fantasma, tratamento da dor crônica pós-toracotomia e seu uso também foi considerado eficaz para o tratamento da dor neuropática no braço ou na perna após cirurgias cervicais ou espinhais e na síndrome de dor regional complexa tipo 1.

Nem sempre é possível controlar a dor e outros sintomas adequadamente. Em tais casos, uma abordagem de gerenciamento da dor baseada em psicologia ou suporte de fisioterapia pode ajudar você a lidar com seus sintomas e reduzir o impacto em sua vida diária.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Os comentários estão encerrados.

Agendar
Consulta
Call Now Button

Última data de revisão: quinta, 12 de dezembro de 2024