Epilepsia e Mercado de Trabalho – Veja Como é Possível Conviver

Epilepsia e Mercado de Trabalho

A epilepsia, em todas as suas diversas formas de manifestação, apresenta em comum a crise epiléptica, o estigma e o preconceito. A imprevisibilidade das crises torna o paciente dependente de terceiros, diminuindo sua autoconfiança, autonomia e liberdade. Neste contexto, a relação entre epilepsia e mercado de trabalho também pode ser prejudicada.

Sabemos que algumas pessoas com epilepsia não poderão trabalhar devido à gravidade de sua condição. No entanto, para muitas outras, há poucos trabalhos que a epilepsia as impediria de fazer. Saiba mais sobre este assunto com a leitura deste artigo.

Epilepsia e Mercado de Trabalho

As características da epilepsia alteram a individualidade do paciente, causam alterações psíquicas e dificultam o relacionamento consigo mesmo e com outras pessoas.

O comprometimento da atuação dos epilépticos no âmbito do trabalho envolve as situações causadas pela própria epilepsia e as condições do indivíduo epiléptico associadas ao preconceito do mercado de trabalho em relação a essa pessoa.

O acesso a um mercado de trabalho extremamente competitivo coloca as pessoas com algum tipo de distúrbio em posição desvantajosa, mesmo quando estão profissionalmente capacitadas para o desempenho das atividades pleiteadas. No entanto, nem sempre a epilepsia é uma condição de incapacidade para o trabalho.

Quando a Epilepsia é Considerada Incapacitante

A epilepsia é considerada uma condição incapacitante quando uma ou mais atividades da vida diária do paciente (dentre elas o trabalho) torna-se limitada substancialmente.

Entre os fatores que interferem na capacidade laborativa estão a frequência das crises, que pode determinar uma redução na produtividade e/ou um aumento das faltas e dos afastamentos, e o tipo de crise, sendo a perda da consciência a mais comprometedora.

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Os efeitos adversos das substâncias antiepilépticas também afetam a capacidade laborativa, apesar de estes pacientes não apresentarem maior risco de acidente quando comparados aos demais trabalhadores.

Algumas profissões são inviáveis para profissionais com epilepsia por oferecerem risco a eles e a outras pessoas envolvidas nesse contexto profissional. Assim, cabe ao médico especialista que acompanha o paciente a orientação sobre sua capacidade laborativa, considerando as áreas em que a epilepsia não implica em incapacidade.

Contar ou Não Contar Sobre a Epilepsia ao Empregador?

O empregador não pode fazer perguntas sobre a condição médica de um candidato a emprego ou exigir que ele faça um exame médico antes de fazer uma oferta de trabalho.

O candidato também não precisa divulgar voluntariamente que tem epilepsia ou outra deficiência, a menos que necessite de uma acomodação diferenciada para o desenvolvimento do trabalho.

Alguns pacientes com epilepsia, no entanto, preferem revelar sua condição para que seus colegas de trabalho saibam o que fazer na ocorrência de uma convulsão. A decisão de divulgar essa informação pode depender do tipo de crise, da necessidade de assistência durante a crise, da frequência das crises e do tipo de trabalho a ser realizado.

Meu Empregado tem Epilepsia. E Agora?

Quando um profissional revela que tem epilepsia, seu empregador pode fazer perguntas adicionais sobre sua condição para saber se ele já realizou o mesmo tipo de trabalho, se toma algum medicamento e se ainda apresenta convulsões. Caso o candidato ainda apresente crises epilépticas, é necessário saber qual o tipo e se ele precisará de ajuda caso venha a sofrer uma crise no trabalho.

O empregador também pode solicitar um exame médico ou pedir relatórios de seu médico com informações sobre a capacidade do candidato para realizar suas funções com segurança e cuidados necessários.

Entretanto, o empregador não pode retirar uma oferta de trabalho para um candidato com epilepsia se ele for capaz de desempenhar as atividades inerentes ao trabalho sem representar risco significativo de danos à saúde ou segurança de si ou de outras pessoas.

A Importância do Acompanhamento Médico em sua Capacidade Laboral

O acompanhamento médico da pessoa com epilepsia é fundamental para manter sua capacidade laborativa. Não deixe de marcar uma consulta com o médico especialista para tirar suas dúvidas e buscar orientação.

Se você desenvolver epilepsia refratária ou se suas convulsões forem difíceis de controlar, seu médico pode realizar uma avaliação para revisar sua epilepsia. A revisão pode ajudá-lo a tomar decisões sobre o seu trabalho. Por exemplo, pode ajudar a identificar ajustes razoáveis ​​para você. Alguns ajustes podem ser temporários enquanto sua epilepsia está sendo revisada ou tratada, e alguns ajustes podem precisar mudar ao longo do tempo.

Aproximadamente 30% dos pacientes com epilepsia são considerados “intratáveis ​​do ponto de vista médico”, o que significa que continuam a ter convulsões apesar do tratamento com medicamentos. Nesse ponto, o tratamento cirúrgico oferece a melhor oportunidade para a completa ausência de convulsões. Converse com o seu médico se seu caso pode se beneficiar do procedimento cirúrgico.

O aumento do conhecimento sobre a epilepsia pode fazer uma enorme diferença para as pessoas com a doença e sua capacidade de encontrar e permanecer no trabalho. Ao tomar medidas simples para ajudar a apoiar pessoas com epilepsia, os empregadores podem ajudar a criar um local de trabalho mais inclusivo.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 11 de outubro de 2018 e Atualizado em: 01 de setembro de 2023

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Última data de revisão: quinta, 28 de mar�o de 2024