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Malformação Arteriovenosa (MAV)
Uma malformação arteriovenosa (MAV) é uma condição caracterizada por uma teia complexa e emaranhada de artérias e veias, na qual há curto-circuito e pressão alta, devido ao sangue arterial estar fluindo rapidamente nas veias.
Uma MAV pode ocorrer no cérebro, no tronco cerebral ou na medula espinhal. Neste artigo, compreenda o conceito de malformação arteriovenosa, porque ela se forma, seus sintomas e formas de tratamento.
Malformação Arteriovenosa
Por que as MAVs se Formam?
Não está claro porque as MAVs se formam, mas os pesquisadores acreditam que esses emaranhados de vasos estão presentes desde o nascimento. Várias doenças genéticas raras estão associadas.
Uma ampla gama de estudos está sendo conduzida para explorar os mecanismos complexos do desenvolvimento normal do cérebro. O conhecimento adquirido com esses estudos fornece a base para a compreensão de como os problemas podem ocorrer, oferecendo esperança para novos meios de tratar e de prevenir doenças congênitas, incluindo as MAVs.
Sintomas
Uma MAV pode causar:
- Hemorragia (sangramento) no cérebro e ao redor do cérebro;
- Convulsões;
- Dores de cabeça;
- Problemas neurológicos, como paralisia ou perda da fala, de memória ou da visão.
MAVs que sangram podem levar a problemas neurológicos graves e, às vezes, à morte.
Quais os Riscos?
Nem todos os casos precisam ser tratados de forma agressiva. Alguns têm características que os tornam mais propensos a se romper e a causar acidentes vasculares cerebrais – em taxas ainda maiores do que as dos aneurismas cerebrais. Por esse motivo, precisam ser avaliados exaustivamente.
As MAVs com características agressivas têm um padrão de fluxo sanguíneo que coloca uma quantidade enorme de fluxo em veias pequenas e frágeis na superfície do cérebro, que podem romper ou criar congestionamento a ponto de o cérebro não conseguir mais receber o fluxo sanguíneo de que precisa.
Tipos de MAVs
Desordens Vasculares da Coluna
Os distúrbios vasculares da coluna vertebral são um tipo raro de doença em que ocorre um curto-circuito anormal entre as artérias e as veias dentro ou ao redor da medula espinhal.
Eles podem ser semelhantes às MAVs, que causam problemas de sangramento ou chegam a causar congestão que pode aumentar o fluxo sanguíneo e fazer com que a medula espinhal pare de funcionar.
MAVs Periféricas, Hemangiomas e Malformações Linfangiovenosas
São doenças diversas e incomuns da vasculatura periférica que ocorrem quando há um curto-circuito entre as artérias e as veias (MAV periférica) ou quando há uma malformação das veias ou dos vasos linfáticos, resultando em acúmulo de sangue ou de fluido linfático (hemangiomas e malformações linfáticas e venosas).
Opções de Tratamento
Tratar uma MAV o mais rápido possível é a melhor maneira de evitar complicações graves. MAVs, às vezes, requerem uma combinação de tratamentos, incluindo cirurgia, embolização e radiação.
- Cirurgia: a ressecção cirúrgica é realizada para remover os vasos sanguíneos emaranhados. O cirurgião usa um procedimento chamado craniotomia para atingir o cérebro, durante o qual uma pequena abertura é criada no crânio. Assim que o cirurgião tem acesso à MAV, as artérias e as veias anormais são removidas. Isso redireciona o fluxo sanguíneo para os vasos normais, evitando que a MAV vaze ou estoure;
- Embolização: a embolização envolve a inserção de um tipo de cola na MAV, através de um tubo muito fino chamado cateter. Isso bloqueia o fluxo sanguíneo para a MAV, o que pode ajudar a limitar a perda de sangue durante a cirurgia, bem como diminuir o fluxo sanguíneo, o que pode reduzir a chance de sangramento se a cirurgia aberta não for realizada imediatamente após;
- Radiocirurgia: durante o tratamento de radiação, feixes de fótons altamente energizados (partículas de luz) são direcionados à MAV, usando uma ferramenta chamada Gamma Knife. Com o tempo, isso faz com que a MAV encolha e cicatrize, fechando os vasos sanguíneos anormais, de modo que o sangue não flua mais por eles, reduzindo o risco de sangramento e também tornando a MAV mais fácil de tratar usando técnicas cirúrgicas abertas.
