Perda de força refere-se à uma condição em que a pessoa não consegue mover um músculo normalmente, apesar de tentar o máximo que pode. No entanto, o termo geralmente é mal utilizado quando pessoas com força muscular normal confundem cansaço com fraqueza ou quando seu movimento é limitado por causa de dor ou de rigidez articular.
Ao longo deste artigo, vamos esclarecer o conceito de Perda de Força e abordar os aspectos fisiopatológicos deste problema.
A função motora normal no ser humano envolve uma atividade muscular integrada que é articulada pelo córtex cerebral. A disfunção desse sistema cerebral causa fraqueza ou paralisia, ataxia ou ainda movimentos anormais. Como consequência dos danos temos, principalmente, a perda dos movimentos voluntários ou o córtex manda apenas sinais negativos.
A perda em si dos movimentos se dá pela perda de força. Essa perda muscular pode ser completa (paralisia, plegia) ou incompleta (fraqueza, paresia). Veja abaixo a definição das principais condições relacionadas à perda de força:
A paralisia ou plegia foi descrita pela primeira vez em 1926. A partir daí, dados que envolvessem a perda de força e de locomoção motora passaram a ganhar destaque dentro da ciência. Logo após o primeiro caso, publicações japonesas foram desenvolvidas, relacionadas à esses casos. Porém, dentro da literatura europeia, surgiu apenas em 1975, na Grã-Bretanha.
A doença, habitualmente, tinha o seu início na idade adulta. Entretanto, relatos mostram que existem casos em que algumas debilidades musculares começaram a se manifestar antes dos 19 anos de idade, com uma predominância masculina nos históricos de paralisia.
Para uma pessoa mover intencionalmente um músculo, o cérebro deve gerar um sinal que percorra o seguinte caminho: cérebro; células nervosas no tronco cerebral e na medula espinhal; nervos da medula espinhal até os músculos; conexão entre nervo e músculo (chamada junção neuromuscular).
Além disso, a quantidade de tecido muscular deve ser normal e o tecido deve ser capaz de se contrair em resposta ao sinal dos nervos. Portanto, a verdadeira fraqueza ocorre apenas quando uma parte dessa via (cérebro, medula espinhal, nervos, músculos ou as conexões entre elas) não funciona adequadamente.
A fraqueza pode se desenvolver repentina ou gradualmente, afetar todos os músculos do corpo ou apenas uma parte.
Os sintomas dependem de quais músculos são afetados. Por exemplo, quando a fraqueza afeta os músculos do tórax, a pessoa pode ter dificuldade para respirar; quando a fraqueza afeta os músculos que controlam os olhos, a pessoa pode ter visão dupla.
A paralisia (plegia) se refere à um tipo de fraqueza tão intensa que os músculos não conseguem se contrair, ou seja, é a perda total dos movimentos. As lesões também podem ocorrer nas vias motora, piramidal ou extrapiramidal. Aqui, ocorre um déficit completo de todos os movimentos.
Paresia é uma fraqueza menos intensa. Na paresia, a distribuição da fraqueza ajuda a indicar o local da lesão. A lesão ocorre em uma das vias motora, piramidal ou extrapiramidal, ou ainda pode ocorrer no sistema nervoso periférico, principalmente na junção neuromuscular.
A fraqueza muscular completa causa paralisia, mas a pessoa pode ter outros sintomas dependendo do que está causando a fraqueza. Entre os sintomas associados mais comuns estão as perdas de sensibilidade, o formigamento e a dormência.
A paralisia também pode se apresentar de forma orgânica, funcional ou periódica. Veja a seguir as principais características de cada uma delas:
Fraqueza muscular repentina pode ser um sinal de AVC – a interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro que ocorre quando um vaso sanguíneo é bloqueado ou se rompe.
A fraqueza do AVC geralmente ocorre em um lado do corpo, especialmente no rosto, no braço ou na perna. Também pode ser acompanhada por pelo menos um dos seguintes sinais:
Se algum destes sintomas ocorrer, peça socorro médico imediatamente. Não tente dirigir você mesmo ou a pessoa que estiver com esses sintomas ao hospital. Os paramédicos sabem quais hospitais estão mais bem equipados para tratar o AVC.
A neurocirurgia é a especialidade médica responsável pelo diagnóstico e pelo tratamento de pessoas que apresentam lesões no cérebro, na medula, nos nervos periféricos e na coluna. O profissional, denominado de neurocirurgião, é o encarregado de realizar o tratamento cirúrgico.
A área da neurocirurgia não se refere apenas ao tratamento em si, mas também à avaliação do paciente, ao diagnóstico, ao tratamento do mesmo e à sua reabilitação. Veja a seguir as principais doenças que possuem causas tratadas pela neurocirurgia:
É importante lembrar que ao identificar uma condição de perda de força, é importante realizar uma avaliação com o médico especialista. A rapidez do tratamento está diretamente ligada à menores consequências, que poderiam envolver paralisia ou sequelas mais graves, já não mais reversíveis.
Referência: Hospital Johns Hopkins
Artigo Publicado em: 22 de novembro de 2018 e Atualizado em: 04 de dezembro de 2020
Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024