A cefaleia tensional trata-se de uma dor de cabeça de contração muscular, caracterizada pela sensação de pressão ou aperto no crânio. Entre 38% e 74% dos brasileiros sofrem de cefaleia tensional: é o tipo mais comum das dores de cabeça.
A intensidade da cefaleia tensional varia de pessoa para pessoa, de leve a moderada; sua duração varia de alguns minutos até sete dias a fio. A dor se manifesta em torno de todo o crânio e é descrita como uma “faixa”, comprimindo-o.
Continue a leitura e saiba mais sobre prevenção e tratamento da cefaleia tensional, suas causas e seus sintomas.
Existem duas classificações de cefaleia tensional: a cefaleia episódica (que perdura por menos de 15 dias no mês) e a cefaleia crônica (que perdura por mais de 15 dias por mês).
A dor de cabeça tensional atinge geralmente mulheres: dentre todas as vítimas, cerca de 88% são do gênero feminino. Apesar da tensão atingir pessoas de todas as faixas etárias, é mais comum na faixa dos 40 anos.
As causas deste tipo de dor de cabeça não são completamente conhecidas, mas comumente atinge pessoas que trabalham em ritmo intenso durante vários dias contínuos. Pessoas que permanecem na mesma posição durante muito tempo, dirigindo, por exemplo, também tendem a desenvolver a dor de cabeça tensional.
A cefaleia tensional geralmente provém de situações de estresse emocional ou mental constantes, tais como:
A exposição ao estresse diário gera acúmulo de estresse e essa é a principal causa da cefaleia tensional crônica.
Outros fatores podem desencadear a tensão, tais como:
Os principais sintomas são:
Não existe nenhum exame que, sozinho, possa diagnosticar definitivamente dores de cabeça tensionais. Sendo assim, seu médico começará revisando seu histórico médico e realizando um exame físico para avaliar seus sintomas.
Seu médico pode fazer muitas perguntas para saber mais sobre seus sintomas, como:
Em alguns casos, realizar um exame de imagem, como uma ressonância magnética, pode ajudar a descartar causas menos comuns, mas potencialmente graves, de seus sintomas.
Se sua dor de cabeça for leve a moderada, sem outros sintomas, e responder ao tratamento sintomático dentro de algumas horas, talvez você não precise de exames ou testes adicionais.
Com uma dor de cabeça tensional, geralmente não há problemas com o sistema nervoso. Mas os pontos sensíveis (pontos-gatilho) nos músculos são frequentemente encontrados nas áreas do pescoço e dos ombros.
Grande parte da população convive com dores de cabeça tensionais, automedicando-se com analgésicos que suspendem a dor temporariamente e administrando-a sem procurar atendimento médico.
Na nossa cultura, a dor de cabeça é frequentemente banalizada pela mídia, fazendo a população acreditar que não se trata de um problema que exige cuidado profissional; entretanto, durante uma crise de dor de cabeça, o correto é evitar a automedicação e consultar um médico.
O tratamento mais comum da cefaleia tensional é a medicação, sempre com prescrição médica. O tipo de medicamento, dosagem e duração do tratamento variam de pessoa para pessoa; por isso, é essencial seguir adequadamente a orientação médica.
Os medicamentos geralmente receitados pelos médicos são analgésicos, medicamentos combinados, triptanos e opiáceos.
Medicamentos preventivos, como antidepressivos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares, também são prescritos em alguns casos de cefaleia tensional, com intuito de diminuir a frequência e intensidade das crises.
Além da medicação, existem tratamentos alternativos para diminuir a cefaleia tensional, como acupuntura, terapias comportamentais e massagem. Compressas quentes ou frias são eficazes no alívio da dor durante as crises.
Lembre-se: sentir dor de cabeça não é normal. É importante marcar uma consulta com o médico neurologista de sua confiança, que será capaz de investigar as causas da manifestação de dor na cabeça, diagnosticar o problema e indicar o tratamento adequado ao paciente.
Existem alguns métodos de prevenção para evitar novas crises. São eles:
Não espere a dor se tornar muito frequente para buscar atendimento médico. Procure um especialista e evite a automedicação.
Artigo Publicado em: 28 de fevereiro de 2018 e Atualizado em: 25 de março de 2022
Última data de revisão: sexta, 22 de novembro de 2024