Sono no Tratamento da Dor – Porque a Qualidade é tão Importante

Sono no Tratamento da Dor

Sono no Tratamento da Dor. Há uma relação bidirecional entre dores e pouca qualidade do sono: as dores reduzem a qualidade do sono e o sono ruim provoca dores. É comum entre pessoas que apresentam dores crônicas como doenças reumáticas, lombalgia, fibromialgia, entre outras, reclamarem da má qualidade do sono. São prevalentes as queixas de perturbações do sono como insônia, sono superficial e despertares frequentes durante a noite.

Sendo assim, um bom tratamento da dor crônica deve atuar também no sono do paciente. Continue a leitura e compreenda melhor esta relação bidirecional.

Influência do Sono no Tratamento da Dor

O sono é um comportamento natural e involuntário que ocupa cerca de um terço da vida dos seres humanos: trata-se de uma atividade essencial na manutenção da saúde. Alterações nos padrões do sono são responsáveis por consequências nocivas a diversos sistemas fisiológicos.

Sabendo que a relação entre qualidade do sono e intensidade das dores crônicas é recíproca, é primordial dar a uma boa noite de sono a importância que ela tem: enquanto você dorme, seu corpo recarrega as energias gastas no dia anterior, regula o seu metabolismo e realiza diversas funções essenciais para que você acorde com disposição suficiente para realizar suas atividades no dia seguinte.

Muitas vezes, o hábito do sono não recebe a atenção que merece, mas é importante que todos tenham consciência de que os distúrbios do sono afetam diretamente sua vida, principalmente de quem sofre com dores crônicas, o que acaba agravando sua sensibilidade dolorosa.

Estudos indicam que a privação do sono pode prejudicar diretamente o funcionamento dos sistemas endógenos inibitórios de dor. Embora essa relação ainda não esteja esclarecida, sabe-se que uma noite de sono de qualidade pode sim diminuir as dores e aumentar a qualidade de vida dos pacientes.

Relação entre Dor e Má Qualidade do Sono

As dores crônicas afetam diretamente o sono do paciente, impedindo que ele penetre em um sono profundo e tenha uma noite restauradora; assim, o sono não consegue atuar compensando os processos dolorosos.

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Frequentemente, as pessoas com dor crônica acham difícil adormecer ou o sono é frequentemente interrompido com o despertar noturno. Mesmo que você durma bastante, ainda pode se sentir muito cansado pela manhã, pois a qualidade do sono costuma ser ruim.

Dormir mal pode tornar o paciente mais sensível à dor. Dor e sono estão intimamente ligados e afetam um ao outro. Existe uma relação recíproca onde a dor sentida durante o dia afeta a qualidade do sono daquela noite. Como consequência, o sono de baixa qualidade aumenta os níveis de dor no dia seguinte.

Pelo fato das dores crônicas interferirem na noite de sono, um bom tratamento deve levar em conta os distúrbios do sono do paciente, buscando a melhoria da qualidade de seu sono e a redução de suas dores.

Fatores que Afetam a Qualidade do Sono

Além do reflexo das dores, é necessário também considerar outros fatores que alteram o padrão do sono, tais como: fatores emocionais, disfunção respiratória, uso de medicamentos, condicionamento físico e limitação das funções motoras.

Preocupação

Quando você se preocupa em não dormir, isso aumenta a atividade do seu sistema nervoso e dificulta o seu sono.

Quando você não consegue dormir, pode ser útil lembrar que esse é um efeito colateral natural da dor: lutar contra isso torna as coisas piores.

Pensamentos que se agitam em sua cabeça também podem mantê-lo acordado. Isso geralmente acontece em momentos de alto estresse.

Ansiedade

Humor baixo (ou depressão) e ansiedade geralmente coexistem com dor crônica. Ambos também afetam o sono, mas de maneiras diferentes. A depressão também está associada a um coração acelerado e a pensamentos que não se dissipam.

Para pessoas com ansiedade, pode ser difícil adormecer, devido aos pensamentos que não desligam. Se você receber tratamento para depressão e ansiedade, é provável que tenha um impacto positivo no sono, no humor e na dor.

Dicas para uma Boa Noite de Sono

Existem algumas recomendações que podem ajudar a melhorar a qualidade do seu sono e, consequentemente, diminuir a intensidade de suas dores. São elas:

  • Determine um horário regular para dormir e acordar diariamente;
  • Mantenha uma rotina de ao menos 8 horas de sono por noite;
  • Torne aconchegante seu ambiente de dormir: regule a temperatura, mantenha-o escuro e longe de ruídos e incômodos;
  • Deixe para pensar nos seus problemas durante o dia, quando você puder solucioná-los;
  • Evite realizar exercícios físicos intensos antes de dormir;
  • Não ingira cafeína, alimentos ou bebidas estimulantes quando estiver próximo do horário de dormir: eles interferem no padrão do sono. Evite também bebidas alcoólicas;
  • A alimentação também pode influenciar na sua noite de sono; mantenha uma alimentação saudável.

Lembre-se também de:

Tornar a associação entre “cama” e “sono” muito forte. É importante construir a associação entre cama e sono, NÃO cama e outras atividades, ou cama e insistir em dormir, ou cama e dor.

Praticar relaxamento. Para que o corpo caia no sono, o sistema nervoso precisa se acalmar. Isso pode ser alcançado através do envolvimento em atividades calmas e não estimulantes, ou através do relaxamento.

Evitar cochilar. Tirar uma soneca durante o dia afetará a qualidade do sono durante a noite seguinte, tornando-a mais leve e mais facilmente interrompida. Isso aumenta o desejo de tirar uma soneca no dia seguinte, criando um ciclo vicioso.

Quando Tomar Medicamentos para Dormir?

Os medicamentos podem ajudá-lo a dormir, mas não são recomendados sem a indicação de um médico.

Problemas de sono associados à dor geralmente não são problemas de curto prazo. Além disso, eles também podem ter interações com alguns medicamentos para a dor.

No entanto, alguns medicamentos podem ser úteis para uso a curto prazo para redefinir seus hábitos de sono e interromper um ciclo problemático, como cochilar. Consulte o seu médico da dor para discutir possíveis medicamentos úteis em seu caso.

Referência: Harvard Health

Artigo Publicado em: 21 de fevereiro de 2018 e Atualizado em 28 de fevereiro de 2020

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Última data de revisão: quinta, 25 de abril de 2024