A coluna é composta por 26 ossos denominados vértebras, responsáveis por proteger e sustentar a medula espinhal e os nervos. Várias condições e lesões podem afetar esta estrutura fundamental em nosso organismo, podendo danificar as vértebras, causar dor e limitar a mobilidade do indivíduo. Continue a leitura deste artigo para conhecer algumas das principais doenças da coluna e algumas recomendações para ajudar a melhorar os sintomas dessas condições, assim como a qualidade de vida do paciente.
A coluna vertebral tem duas funções básicas. A primeira é servir como eixo de sustentação da estrutura corporal, auxiliando também na realização dos complexos movimentos de flexão e extensão, assim como no sentido lateral e rotacional.
A segunda função da coluna vertebral está relacionada à condução das estruturas nervosas através do canal vertebral. As raízes nervosas são prolongamentos dos neurônios localizados na medula, que estendem-se para as diversas regiões corporais.
As doenças da coluna têm uma grande variedade de causas. Entre as mais comuns, estão:
Numerosas condições podem afetar a coluna, desde o pescoço até a parte inferior das costas. Algumas das desordens da coluna mais comuns são:
O disco vertebral não tem poder de cicatrização, devido à ausência de circulação sanguínea em seu interior. Portanto, uma vez que o disco intervertebral se rompe, fica comprometida a estabilidade desta unidade funcional, o que, progressivamente, reduz a sua capacidade de suportar cargas de pressão.
Este mecanismo apresenta-se no indivíduo na forma de cansaço, dores regionais segmentares no tronco ou dores irradiadas para os membros, que manifestam-se pelo processo inflamatório radicular.
A Espondilólise é definida como uma anormalidade estrutural da coluna, correspondente a um defeito no segmento interarticular que gera uma perda de continuidade óssea na região. A Espondilólise geralmente é assintomática, mas pode provocar dor lombar profunda.
O tratamento é baseado na reabilitação do paciente, com a fisioterapia apresentando resultados satisfatórios. Nos casos em que a dor prejudica a execução dos exercícios de reabilitação, a infiltração radicular pode auxiliar, aliviando a dor no primeiro momento e possibilitando a realização da fisioterapia.
A Escoliose é uma deformidade vertebral muito comum, definida como uma curvatura lateral da coluna, caracterizada por profundas alterações estruturais. Esta curvatura anormal da coluna muitas vezes está associada à rotação das vértebras. Dependendo do grau da escoliose, geralmente a partir de 60º, pode haver diminuição da capacidade da expansão torácica.
A maioria dos casos de escoliose – principalmente nos adolescentes – tende a ter origem genética. Algumas doenças neuromusculares, como a paralisia cerebral, também podem causar escoliose, além da degeneração assimétrica dos discos vertebrais, que podem gerar uma curva na coluna, resultando em uma forma de escoliose que afeta geralmente os adultos.
A conduta para o tratamento varia de acordo com o grau da escoliose. Quando o desvio é em até 20º, é realizado o tratamento conservador, como orientação postural, natação e alongamento. Entre 21-50º, o tratamento ortopédico, com colete associado à fisioterapia é o mais indicado. E nos casos acima de 50º, faz-se necessária uma intervenção cirúrgica.
A estenose espinhal acontece quando o espaço ao redor da medula espinhal se torna muito estreito. Isso irrita a medula espinhal e/ou os nervos que se ramificam dela. A estenose espinhal causa sintomas como dor nas costas ou no pescoço e formigamento nos braços ou pernas. Existem várias causas, assim como várias opções de tratamento.
Os discos espinhais de quase todos mostram sinais de desgaste à medida que envelhecemos. Apesar do nome, essa condição não é realmente uma doença. A degeneração do disco é uma condição causada ao longo do tempo por lesões, esportes, atividades diárias ou se um disco espinhal seca e encolhe. Uma ampla gama de sintomas e gravidade está associada a essa condição.
Outras distúrbios da coluna e dos discos intervertebrais são:
Os sinais e sintomas dependem do distúrbio específico da coluna e frequentemente afetam outras partes do corpo, dependendo da área da coluna vertebral ou da medula espinhal afetada. Os sintomas comuns incluem:
Podemos utilizar um ou mais tratamentos, dependendo da condição específica ou da lesão. Os tratamentos mais comuns incluem:
A terapêutica cirúrgica também é indicada para os casos de dor refratária a tratamento médico, déficit neurológico maior ou progressivo, agravamento documentado da deformidade e instabilidade vertebral.
A evolução tecnológica tem aberto caminho a técnicas menos invasivas que permitem obter resultados mais satisfatórios em relação às técnicas tradicionais, minimizando a agressão cirúrgica.
Artigo publicado em: 22/06/2017.
Artigo atualizado em: 29/11/2024.
Última data de revisão: quinta, 12 de dezembro de 2024
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Tenho dores nas costas e coluna