Conheça a Demência por Hidrocefalia de Pressão Normal

Demência por Hidrocefalia de Pressão Normal
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A Demência por Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) é uma condição neurológica desafiadora que afeta principalmente os idosos. Seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras formas de demência ou distúrbios neurológicos relacionados à idade, como a doença de Alzheimer ou a demência da doença de Parkinson.

Esta condição é caracterizada pelo acúmulo crônico de líquido cefalorraquidiano (LCR) no cérebro, resultando em uma série de sintomas que afetam a marcha, a função cognitiva e o controle da bexiga. No entanto, com um diagnóstico preciso e tratamento adequado, muitos pacientes podem experimentar melhorias significativas em sua qualidade de vida.

É fundamental que os médicos considerem a possibilidade de HPN ao avaliar pacientes idosos com sintomas de marcha instável, comprometimento cognitivo e incontinência urinária, a fim de garantir um tratamento adequado e oportuno.

Neste artigo vamos conhecer um pouco sobre a Demência por Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN).

Características da Hidrocefalia de Pressão Normal

A HPN ocorre quando o fluxo normal do LCR pelo cérebro e a medula espinhal é obstruído ou há uma disfunção na sua reabsorção, levando ao acúmulo de líquido nos ventrículos cerebrais. Surpreendentemente, isso não costuma resultar em um aumento significativo da pressão intracraniana, que permanece dentro dos limites normais. Os principais sintomas da HPN incluem:

  • Marcha instável: Muitos pacientes com HPN experimentam dificuldades significativas na caminhada, conhecida como apraxia da marcha. Isso resulta em desequilíbrio e instabilidade ao andar.
  • Comprometimento cognitivo: A HPN pode levar a problemas de memória, lentidão de pensamento e dificuldade nas funções cognitivas, como raciocínio e resolução de problemas.
  • Incontinência urinária: A incapacidade de controlar a micção é outro sintoma comum da HPN, frequentemente involuntária.

Causas e Sintomas da Hidrocefalia de Pressão Normal

A causa da HPN muitas vezes não é identificável, sendo classificada como idiopática – desconhecida. No entanto, algumas teorias sugerem que pode haver uma diminuição na absorção do LCR, levando a elevações transitórias da pressão intracraniana.

Isso pode resultar na expansão dos ventrículos cerebrais e posterior retorno à pressão normal, levando a flutuações intermitentes da pressão. Outras causas secundárias da HPN podem incluir:

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Em bebês e pacientes jovens, o acúmulo de líquido aumenta a pressão intracraniana que pode levar a sintomas como:

  • Cefaleia;
  • Vômitos;
  • Alterações visuais.

Já nos pacientes mais idosos, principalmente a partir dos 60 anos, o cérebro tende a encolher por causa do envelhecimento e devido ao fluxo liquórico, pode ocorrer um quadro de hidrocefalia de pressão normal.

Os principais sintomas que podem afetar idosos com 60 anos com HPN são:

  • Dificuldade para caminhar;
  • Perda de equilíbrio;
  • Tendência a cair;
  • Lentidão ou instabilidade para andar, ficando com as pernas muito abertas;
  • Passo magnético, que é a sensação de que os pés estão presos ao chão;
  • Incontinência urinária;
  • Perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas;
  • Demência, em alguns casos.

Em alguns casos a demência pode não se desenvolver, porém, caso se desenvolva, o paciente pode apresentar alguns sintomas, como:

  • De planejamento e organização;
  • Para expor ideias e executar passos sequenciais de uma tarefa;
  • Para prestar atenção e desenvolver raciocínios abstratos.

Porém vale lembrar que esses sintomas não são suficientes para diagnosticar a hidrocefalia, por que algumas doenças como a demência podem causar sintomas semelhantes.

Diagnóstico da HPN

O diagnóstico da HPN envolve uma abordagem cuidadosa que inclui:

  • Exames de imagem: Tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM).
  • Punção lombar: Um teste crucial para o diagnóstico da HPN envolve a retirada de uma amostra de LCR por meio de uma punção lombar.

Tratamento da HPN

O tratamento da HPN geralmente envolve a colocação de uma derivação ventriculoperitoneal (DVP), que é um dispositivo médico projetado para drenar o excesso de LCR dos ventrículos cerebrais para o abdômen, onde é reabsorvido pelo corpo. A DVP é frequentemente ajustável para evitar uma drenagem excessiva, o que pode resultar em complicações, como hematomas subdurais.

Os sintomas da HPN tendem a melhorar após a colocação bem-sucedida da DVP. Geralmente, a incontinência urinária é a primeira a apresentar melhora, seguida de uma melhora gradual na marcha e na função cognitiva.

O paciente precisará de acompanhamento médico regular após o tratamento, pois a reprogramação ou a substituição da DVP podem ser necessárias se os sintomas persistirem ou se houver um aumento contínuo dos ventrículos cerebrais.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 20 de março de 2020 e Atualizado em: 06 de outubro de 2023

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024