Intervenções Comportamentais no Tratamento da Epilepsia. A epilepsia trata-se de uma doença neurológica caracterizada por alterações temporárias e reversíveis do funcionamento cerebral que mantém a pessoa “desligada” por alguns segundos ou minutos.

No geral, as crises de epilepsia manifestam-se através de alterações da consciência, sintomas motores, sensitivos, autonômicos (suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários.

Existe uma série de vertentes de tratamento para a epilepsia e o paciente pode, inclusive, alcançar a cura através da intervenção adequada. O importante é buscar auxílio médico, obter o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes.

Um estudo publicado no periódico Neurology evidencia a eficácia das intervenções comportamentais no tratamento da epilepsia. Continue a leitura deste artigo para saber mais.

Intervenções Comportamentais no Tratamento da Epilepsia

Segundo a pesquisa, existem duas intervenções comportamentais para a redução do estresse capazes de minimizar a ocorrência de convulsões em pacientes adultos epilépticos que sofrem de epilepsia focal resistente ao tratamento medicamentoso.

O estudo contou com a participação de 64 pacientes epilépticos e a introdução de duas intervenções comportamentais: alguns deles realizaram o relaxamento muscular progressivo (RMP) com respiração diafragmática, enquanto outros realizaram as práticas de atenção dirigidas aos “movimentos dos membros” (grupo de controle).

62,5% dos participantes eram mulheres, com idade média de 37,2 anos, e convivência média com a epilepsia de 26 anos. Estima-se que 46% dos participantes tinham histórico de transtorno depressivo, ansiedade generalizada, entre outros transtornos psiquiátricos.

Métodos de Pesquisa

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A intervenção comportamental do relaxamento muscular progressivo consistiu no agrupamento de 16 músculos, “na qual cada conjunto muscular era vigorosamente tensionado sem esforço excessivo durante cinco a 10 segundos e, a seguir, relaxado”, explicam os pesquisadores.

O grupo da prática de atenção (grupo de controle) praticou uma série de movimentos e tarefas de atenção, como descrever as atividades do dia anterior, por exemplo.

Todos os participantes receberam um smartphone contendo um aplicativo de diário eletrônico, onde registraram o próprio humor, as classificações de tensão, a frequência das crises de epilepsia e o nível de satisfação com as terapias.

Resultados

Ambas terapias promoveram uma redução significativa da frequência de crises epilépticas em relação ao início do estudo, que teve duração de 12 semanas.

No desfecho primário, houve uma pequena diferença entre o grupo de relaxamento muscular progressivo e o grupo de controle: houve uma melhora de 29% e 25% das crises epilépticas, respectivamente. Entretanto, no quesito estresse (desfecho secundário) houve uma melhora significativamente maior no grupo de relaxamento muscular.

Segundo o relato de alguns participantes, somente o fato de estarem realizando uma intervenção comportamental regular já auxiliou no tratamento da doença. Acredita-se que os encontros regulares entre os pacientes já trouxeram benefícios para ambos os grupos.

Compreendendo a Eficácia

Os resultados positivos do estudo confirmam a eficácia das intervenções comportamentais no tratamento da epilepsia e os pesquisadores consideram-nas opções viáveis e bem aceitas pelos pacientes.

Apesar de toda a evolução do tratamento da epilepsia advinda do surgimento de novos medicamentos, ao menos um terço dos pacientes continua a ter crises convulsivas, fator que evidencia a necessidade da introdução de novas opções terapêuticas.

Como o estresse é o fator mais influente das crises convulsivas, estratégias para reduzir o estresse são fundamentais no tratamento da epilepsia. As intervenções comportamentais citadas no estudo, assim como a introdução de outras técnicas de redução de estresse (como a terapia cognitiva) aliadas ao tratamento medicamentoso são extremamente importantes no combate da doença neurológica.

Epilepsia e convulsões podem ser um diagnóstico difícil de conviver. Pode parecer mais do que você pode lidar sozinho. Felizmente, você não precisa. Seu médico, provavelmente, pode encaminhá-lo a outros membros da equipe de saúde, como neuropsicólogos, psiquiatras ou assistentes sociais, especializados em ajudar pessoas com epilepsia e suas famílias a melhorar suas vidas.

Há uma variedade de tratamentos destinados a ajudá-lo a entender o impacto do seu distúrbio. Cada tratamento fornece informações diferentes sobre sua vida com epilepsia. Cada um mostra uma maneira de assumir o controle mental sobre suas convulsões e aponta um caminho para uma vida mais equilibrada.

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Artigo Publicado em: 2 de maio de 2018 e Atualizado em: 20 de janeiro de 2023

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Última data de revisão: quinta, 28 de mar�o de 2024