Embora os médicos e pesquisadores estejam continuamente trabalhando para refinar os tratamentos contra o câncer, as terapias para tratar a doença ainda podem gerar efeitos colaterais. A quimioterapia é frequentemente utilizada como uma estratégia para matar células cancerosas, mas também pode afetar os nervos que conectam a medula espinhal aos músculos, pele e órgãos internos. Esta condição é conhecida como neuropatia por quimioterapia.

A probabilidade de uma pessoa desenvolver neuropatia após o tratamento do câncer varia muito, e é em grande parte dependente dos tipos de fármacos quimioterápicos que foram utilizados e da dosagem determinada. Continue a leitura e saiba mais sobre este assunto.

A Neuropatia por Quimioterapia

Os sintomas específicos relacionados à neuropatia podem variar com base no tipo e na dosagem dos medicamentos recebidos. Certos tipos de quimioterapia afetam os pequenos nervos sensoriais dos pés e nas mãos, causando sintomas como dormência, formigamento e dor nos dedos das mãos e dos pés. O tratamento com quimioterapia também pode resultar em fraqueza, cãibras musculares e fadiga muscular.

Menos comumente, a quimioterapia pode impactar os nervos que controlam o movimento e as funções do sistema nervoso autônomo. As pessoas com danos nervosos autonômicos podem sentir tontura quando mudam da posição sentada para em pé, podem apresentar sintomas urinários ou intestinais, alterações na pressão arterial e batimentos cardíacos irregulares.

As pessoas que experimentam algum destes sintomas durante ou após o tratamento contra o câncer devem discuti-los com seu médico.

Diagnosticando a Neuropatia por Quimioterapia

O primeiro passo para diagnosticar a neuropatia é encontrar seu oncologista para discutir seu regime de quimioterapia, sintomas e qualquer condição médica preexistente que possa causar sintomas semelhantes. Seu oncologista pode encaminhá-lo a um fisiatra (um médico especializado em reabilitação), um fisioterapeuta e um médico especializado em dor, para avaliação e tratamento.

Em um exame típico, você seria examinado quanto a cortes e lesões, o que pode ocorrer devido à diminuição da sensibilidade da pele e avaliado por sua reação ao toque leve, sensibilidade à estimulação aguda, força muscular dos dedos, reflexos, equilíbrio e sintomas autonômicos. Você também pode passar por testes neurofisiológicos, tais como:

  • Eletromiografia, estudos de condução nervosa e testes sensoriais quantitativos para examinar melhor a função do nervo periférico;
  • Exames laboratoriais, para identificar distúrbios metabólicos e deficiências nutricionais;
  • Exames de imagem, para detectar outras possíveis causas de danos nos nervos.
Crises de Enxaqueca?
Marque uma Consulta com o Neurocirurgião Agora.

Esses testes também podem ajudar o seu médico ou terapeuta a adaptar um plano de tratamento às suas necessidades e medir o progresso, para ver se os tratamentos estão funcionando.

Como Obter o Alívio dos Sintomas?

Medicamentos estão disponíveis para reduzir a dor e os sintomas sensoriais relacionados à neuropatia periférica induzida por quimioterapia. Existe também uma variedade de terapias complementares – como acupuntura, drenagem linfática manual e outras terapias – para aliviar os sintomas.

Além disso, a terapia física e ocupacional pode ajudar as pessoas com neuropatia a melhorar o equilíbrio e a marcha, as habilidades motoras finas, a destreza e a coordenação. Muitos dos tratamentos estão focados em diminuir o risco de quedas e lesões que podem resultar da neuropatia.

Durante o tratamento, sua equipe médica estará focada em ajudá-lo a maximizar sua segurança, reduzir o risco de lesões e melhorar sua qualidade de vida. Em alguns casos, porém, os tratamentos de quimioterapia podem precisar ser interrompidos ou a dose reajustada, a fim de evitar o agravamento desse efeito colateral.

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agendar
Consulta
Call Now Button

Última data de revisão: quinta, 25 de abril de 2024