O que é Distonia? Conheça as Classificações, Sintomas e Tratamento

O que é Distonia
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O que é Distonia? A distonia é um distúrbio do movimento neurológico muito complexo e altamente variável, caracterizado por contrações musculares involuntárias. É uma condição que não conhece limites de idade, étnicos ou raciais – pode afetar desde crianças pequenas a adultos mais velhos de todas as raças e etnias.

Continue a leitura e compreenda o que é distonia, quais são seus sintomas e como realizamos seu tratamento.

O que é Distonia

A distonia resulta do funcionamento anormal dos gânglios da base, uma parte profunda do cérebro que ajuda a controlar a coordenação dos movimentos. Essas regiões do cérebro controlam a velocidade e a fluidez dos movimentos, e evitam movimentos indesejados.

Pacientes com distonia podem apresentar torção incontrolável, movimentos repetitivos ou posturas e posições anormais, que podem afetar qualquer parte do corpo, incluindo braços, pernas, tronco, rosto e cordas vocais.

Dependendo da parte do corpo afetada, a distonia pode afetar, seriamente, as funções diárias. Por exemplo, se os músculos do pescoço forem afetados, o paciente pode ter dificuldade para mastigar e engolir. Embora não represente uma ameaça à vida, a natureza involuntária do transtorno pode ser constrangedora, causando angústia emocional ou depressão em alguns indivíduos.

Classificação de Distonia

A distonia é classificada por três fatores principais: a idade em que os sintomas se desenvolvem; as áreas do corpo afetadas e a causa.

A chance de que afete várias partes do corpo está, geralmente, relacionada à idade de início. Quanto mais jovem estiver no início, maior será a chance de os sintomas se espalharem. Por outro lado, quanto mais velho estiver no início, maior será a probabilidade de o distúrbio permanecer mais moderado.

Classificação por Idade

  • Início da infância – 0 a 12 anos;
  • Com Início na adolescência – de 13 a 20 anos;
  • Início adulto – mais de 20 anos.

Classificação por Parte do Corpo

  • Distonia Focal – limitada a uma área do corpo e pode afetar:
    • Pescoço (distonia cervical ou torcicolo espasmódico);
    • Olhos (blefaroespasmo);
    • Mandíbula / boca / face inferior (distonia oromandibular);
    • Cordas vocais (distonia laríngea);
    • Braços / pernas (distonia de membro).
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Outros tipos menos comuns de distonias focais podem causar alongamento, flexão ou torção incomuns do tronco ou contrações sustentadas e movimentos involuntários da parede abdominal.

  • Distonia Segmentar – afeta duas ou mais partes do corpo adjacentes ou próximas uma da outra.

Outros tipos incluem:

  • Multifocal, que envolve duas ou mais partes do corpo distantes uma da outra;
  • Hemidistonia, que afeta metade do corpo;
  • Generalizada, que começa com o envolvimento das pernas, mas, geralmente, se espalha para uma ou mais regiões adicionais do corpo.

Classificação por Causa

  • Primária (idiopática) – é o único sinal e as causas secundárias foram descartadas.
  • Secundária (sintomática) – resulta, principalmente, de causas secundárias ambientais, como:
  • Síndromes com distonia positiva – resultam de distúrbios neuroquímicos não degenerativos associados à outras condições neurológicas.
  • Distonia heredodegenerativa – resulta de distúrbios neurodegenerativos, nos quais outros sintomas neurológicos estão presentes e nos quais a hereditariedade desempenha um papel.

Sintomas

Às vezes, a distonia é diagnosticada erroneamente como estresse, torcicolo ou distúrbio psicológico.

A doença surge, inicialmente, após movimentos ou tarefas específicas, mas, em estágios avançados, pode ocorrer em repouso. Geralmente, afeta o mesmo grupo de músculos, causando um padrão repetitivo de movimentos ao longo do tempo.

O estágio avançado é marcado por: movimentos rítmicos rápidos e involuntários, posturas de torção, contorções do tronco, marcha anormal e, em última instância, deformidades posturais fixas.

Tratamento

Há uma abordagem em três camadas para o tratamento da distonia: injeções de toxina botulínica (botox), vários tipos de medicamentos e cirurgia. Eles podem ser usados ​​sozinhos ou em combinação. Os medicamentos e o botox podem ajudar a bloquear a comunicação entre o nervo e o músculo, e podem diminuir os movimentos e as posturas anormais.

A cirurgia é considerada quando outros tratamentos se revelaram ineficazes. O objetivo da cirurgia é interromper as vias responsáveis ​​pelos movimentos anormais em vários níveis do sistema nervoso.

Referência: Mayo Clinic

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024