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A Síndrome Parkinsoniana pode ser definida pela associação de sintomas, como hipertonia muscular, retardo, perda de movimentos e tremores involuntários.

No entanto, ao contrário do que muitos pensam, Doença de Parkinson (DP) e Síndrome Parkinsoniana não são sinônimos, e sim, duas condições distintas. Continue esta leitura para entender um pouco mais sobre suas semelhanças e diferenças.

Em que Consiste uma Síndrome Parkinsoniana

As “Síndromes Parkinsonianas” abrangem uma série de condições neurológicas, que são agrupadas com base em suas características clínicas compartilhadas.

No geral, a consideração dos sinais clínicos, o modo de início da doença e a natureza da progressão da doença são importantes para fazer um diagnóstico definitivo e oportuno.

As Síndromes Parkinsonianas incluem:

  • Doença de Parkinson idiopática;
  • Paralisia supranuclear progressiva (PSP);
  • Atrofia de múltiplos sistemas;
  • Degeneração corticobasal;
  • Parkinsonismo vascular.

Chamamos as Síndromes Parkinsonianas de “atípicas” porque, geralmente, diferem da Doença de Parkinson em alguns aspectos:

  • Geralmente não há tremor;
  • Os dois lados são geralmente afetados igualmente;
  • A resposta à L-Dopa e aos outros medicamentos usados ​​na Doença de Parkinson não é muito boa;
  • Cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda não tem valor.

Síndrome Parkinsoniana e Doença de Parkinson

Síndrome Parkinsoniana e Parkinsonismo são termos considerados genéricos, pois designam uma série de doenças, com diferentes causas, mas que têm em comum a presença de sintomas característicos da Doença de Parkinson, incluindo tremores, movimentação lenta e rigidez.

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A Doença de Parkinson é uma das manifestações da Síndrome Parkinsoniana, e também a mais frequente, com cerca de 75% de incidência dentre todas as demais formas de Parkinsonismo.

Diferenças e Semelhanças

Muitas vezes, quando a condição é leve, nos estágios iniciais, não podemos dizer se é Doença de Parkinson ou Síndrome Parkinsoniana.

Além da definição, também há diferença entre ambas condições na base de tratamento. Enquanto na Doença de Parkinson a Levodopa pode ser usada para controlar ou aliviar os sintomas, o medicamento não auxilia no tratamento de alguns casos da Síndrome Parkinsoniana.

Às vezes, estes pacientes respondem aos medicamentos usuais para a Doença de Parkinson, mas na maioria dos casos, não. E quando o fazem, a resposta não é tão boa quanto na DP.

Causas

Uma Síndrome Parkinsoniana pode ocorrer como efeito colateral de remédios com capacidade de alterar a ação de uma substância – denominada Dopamina – no cérebro.

Um dos medicamentos que podem gerar este bloqueio de atividade da dopamina e, consequentemente, provocar sintomas semelhantes aos do Parkinson, é o Antipsicótico. Outras alterações, como acidente vascular cerebral, envenenamento por metais, asfixia por monóxido de carbono e mesmo doenças degenerativas, também podem levar ao aparecimento dos sintomas.

Sintomas

Assim como na Doença de Parkinson, os sintomas da Síndrome Parkinsoniana incluem:

  • Tremor durante momentos de repouso;
  • Dificuldade e lentidão nos movimentos;
  • Rigidez muscular, principalmente, na região inferior do corpo;
  • Instabilidade postural e dificuldade de equilíbrio.

As doenças capazes de causar a Síndrome Parkinsoniana podem também causar outros sintomas, ou até mesmo, variações dos sintomas parkinsonianos. São eles:

  • Perda de memória durante o primeiro ano da doença;
  • Sintomas do Parkinsonismo em apenas um lado do corpo;
  • Quedas acidentais durante os primeiros meses da doença;
  • Pressão arterial baixa, dificuldade para engolir, problemas urinários e constipação;
  • Movimentos oculares anormais;
  • Problemas visuais-espaciais ou alucinações;
  • Incapacidade de realizar tarefas simples ou de associar objetos e suas funções.

Os sintomas, geralmente, manifestam-se após os 60 anos de idade, quando cerca de 80% dos neurônios cerebrais responsáveis pela produção da dopamina já foram destruídos.

Diagnóstico

A Síndrome Parkinsoniana é diagnosticada após uma avaliação médica, em que são solicitados diversos exames de imagem do cérebro, incluindo tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Estes exames podem ajudar a detectar alguma perturbação estrutural que pode estar originando os sintomas.

Em alguns casos, quando o diagnóstico não é esclarecedor o bastante, os médicos podem receitar Levodopa – fármaco geralmente utilizado no tratamento de pessoas com Parkinson – para descartar a presença da doença.

Tratamento

Sabendo que a Síndrome Parkinsoniana possui diversas causas, seu tratamento deve adequar-se à doença diagnosticada. Para que o tratamento seja iniciado de fato, o primeiro passo é identificar a causa da condição.

Se a causa da síndrome for a ingestão de uma medicação, por exemplo, é recomendado que seu uso seja interrompido, a fim de alcançar uma possível cura ou uma diminuição dos sintomas. Nos casos em que o medicamento deve ser tomado continuamente, haverá prescrição médica de outra medicação, com efeito anticolinérgico, para aliviar os sintomas do Parkinsonismo.

Buscar ajuda de terapeutas ocupacionais e de fisioterapeutas pode ajudar o paciente a tomar algumas medidas que lhe possibilitem maior mobilidade e independência, tais como:

  • Simplificar tarefas diárias;
  • Permanecer o mais ativo possível;
  • Tomar medidas de segurança em casa, como a remoção de tapetes para evitar quedas;
  • Utilizar dispositivos de apoio conforme a necessidade;
  • Manter uma boa nutrição.

Para mais informações, entre em contato com o médico de sua confiança. Por meio de avaliações, ele poderá diagnosticar – ou não – a Síndrome Parkinsoniana ou a Doença de Parkinson.

Referência: Cold Spring Harbor perspectives in medicine

Artigo Publicado em: 6 de agosto de 2018 e Atualizado em 21 de agosto de 2020

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Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024