Convulsões não Epilépticas. Existem vários tipos diferentes de convulsões que podem ocorrer por diversos motivos.
As crises não epilépticas ou dissociativas podem parecer semelhantes às crises epilépticas, mas não são causadas por atividade elétrica anormal no cérebro. Neste artigo, compreenda o que são as Crises não Epilépticas, o que as causa, como são diagnosticadas e como podem ser tratadas.
As crises epilépticas são causadas por um distúrbio na atividade elétrica do cérebro. Nosso cérebro controla a maneira como pensamos, nos movemos e sentimos, passando mensagens elétricas de uma célula cerebral para outra. Se essas mensagens forem interrompidas ou se muitas mensagens forem enviadas de uma vez, isso causa um ataque epiléptico.
O que acontece com a pessoa durante a convulsão depende de onde, no cérebro, a atividade convulsiva ocorre e do que essa parte do cérebro faz.
As convulsões que não ocorrem devido à epilepsia são chamadas de “convulsões não epilépticas”. Elas podem ter uma causa física, como baixo nível de açúcar no sangue (hipoglicemia) ou podem estar relacionadas ao funcionamento do coração.
Elas também podem ter uma causa psicológica. O tipo mais comum de crises não epilépticas são as crises dissociativas.
Cerca de 01 em 05 pessoas (20%) com diagnóstico de epilepsia, na verdade, apresenta convulsões não epilépticas. Isso pode ser, em parte, porque ambas as condições podem ser muito semelhantes e podem afetar as pessoas de maneiras semelhantes. No entanto, a diferença entre as crises epilépticas e não epilépticas é a causa subjacente.
As crises não epilépticas não são causadas por interrupção da atividade elétrica no cérebro e, portanto, são diferentes da epilepsia. Elas podem ter várias causas diferentes.
Alguns casos de convulsões não epilépticas são causados por processos mentais ou emocionais, e não por uma causa física. Esse tipo de convulsão pode ocorrer quando a reação de alguém a pensamentos e sentimentos dolorosos ou difíceis, a afeta fisicamente. São as chamadas crises dissociativas.
As crises dissociativas acontecem inconscientemente, o que significa que a pessoa não tem controle sobre elas e que elas não são simuladas.
O nome mais recente de crises dissociativas é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (isso significa que está incluído na Classificação Internacional de Doenças, uma lista de todas as doenças e condições conhecidas). Outros termos para crises dissociativas são crises funcionais ou crises psicogênicas.
O tratamento pode depender da causa das convulsões e do seu histórico médico. Seu especialista pode conversar com você sobre quais opções de tratamento podem ser úteis.
As convulsões não epilépticas não serão controladas por medicamentos antiepilépticos (AEDs).
Se você já toma AEDs, por exemplo, se foi previamente diagnosticado com epilepsia, seu especialista pode sugerir que você os reduza gradualmente. Se você tiver ataques dissociativos e epilepsia, geralmente continuará a tomar AEDs para os ataques epilépticos.
Se você também tem ansiedade ou depressão, seu especialista pode conversar com você sobre a possibilidade de outros medicamentos, como os antidepressivos.
A psicoterapia é o tratamento recomendado para crises dissociativas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente recomendada.
Ao mudar a maneira como você pensa sobre as coisas, sobre si mesmo, as outras pessoas e o mundo ao seu redor, isso pode mudar a maneira como você se comporta.
O diagnóstico de qualquer condição pode causar muitas emoções diferentes e afetar muitas partes de sua vida. Não existe uma maneira “certa” de se sentir sobre o seu diagnóstico, mas ser capaz de aceitá-lo pode ajudar a melhorar o controle das crises.
Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024