Estimulação magnética transcraniana de alta frequência direcionada a redes cerebrais do córtex hipocampal pode melhorar o declínio relacionado à idade na memória de longo prazo, segundo um estudo publicado online em 17 de abril no periódico Neurology.

Continue a leitura e saiba mais sobre os resultados deste estudo e a utilização da abordagem terapêutica.

A Estimulação Magnética Transcraniana na Memória

A perda de memória relacionada à idade deve-se ao declínio da função da rede cerebral do hipocampo. Esses déficits cognitivos, mesmo que leves, causam grande sofrimento aos idosos, que sentem que sua autonomia, independência e qualidade de vida são afetados negativamente. Essas deficiências são frequentemente consideradas o aspecto mais debilitante do envelhecimento.

A estimulação magnética transcraniana surge como uma ferramenta terapêutica com benefícios clínicos em doenças neurológicas e psiquiátricas.

Ao contrário de outros métodos, que muitas vezes envolvem implante cirúrgico invasivo de eletrodos, a técnica não é invasiva, simplesmente disparando pulsos magnéticos indolores em regiões específicas do cérebro. Esses pulsos magnéticos podem alterar a atividade neuronal, e os avanços tecnológicos recentes permitiram atingir regiões do cérebro com incrível precisão e especificidade.

Assim, a Estimulação Magnética Transcraniana tem uma contribuição importante para o estudo de mecanismos de função cognitiva e plasticidade comportamental no cérebro humano. Como pode interferir transitoriamente no processamento cortical, a mudança nos desempenhos comportamental e cognitivo pode induzir alterações na plasticidade sináptica e reorganização do córtex, modulando a atividade neuronal além do período de estimulação. Os efeitos posteriores das sessões repetidas podem durar dias e até semanas.

O Estudo

A pesquisa da Feinberg School of Medicine, em Northwestern University (Chicago), focou na melhoria da perda de memória relacionada à idade, um tipo comum de declínio cognitivo associado ao envelhecimento normal.

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Para fazer isso, os cientistas primeiro se concentraram no hipocampo, uma região do cérebro responsável pela memória e conhecida por se atrofiar à medida que envelhecemos.

Como o hipocampo está localizado em uma região cerebral muito profunda para ser afetado pelos pulsos magnéticos de técnica, os pesquisadores se concentraram no lobo parietal. Esta região do cérebro geralmente está localizada atrás da orelha esquerda e é conhecida por estar altamente conectada ao hipocampo. A hipótese era que a estimulação do lobo parietal estimularia de forma síncrona o hipocampo e, subsequentemente, melhoraria a atividade neural nessas regiões cerebrais responsáveis ​​pela memória.

A coorte estudada foi pequena, 16 adultos com idades entre 64 e 80 anos, mas os resultados foram razoavelmente conclusivos. Todos os indivíduos foram testados em uma série de tarefas de memória diferentes. A coorte mais velha estava, em média, correta apenas em torno de 40% do tempo, em comparação com um grupo controle de indivíduos mais jovens que obteve uma média de cerca de 55%.

Para cada um dos cinco dias seguintes, os indivíduos mais velhos foram submetidos a uma sessão de 20 minutos consistindo de um estímulo placebo falso ou da estimulação alvo. Cada indivíduo foi novamente testado em uma série de tarefas de memória. Aqueles indivíduos mais velhos que receberam a Estimulação Magnética Transcraniana apresentaram melhorias significativas nos testes de memória em comparação com o grupo placebo.

O estudo é o primeiro a mostrar que a função dessa rede cerebral pode ser melhorada em adultos mais velhos com estimulação cerebral, levando à melhora da memória.

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Última data de revisão: sexta, 03 de maio de 2024