Enxaqueca não Passa? A enxaqueca é mais do que uma simples dor de cabeça; é um problema de saúde sério que afeta milhões de brasileiros, interferindo significativamente em suas vidas diárias. Com mais de 30 milhões de casos no Brasil, sendo mais prevalente em mulheres (3 mulheres para cada homem), a enxaqueca requer atenção médica especializada. Muitas vezes, as crises duram de 4 a 72 horas, levando a perda de dias de trabalho e momentos importantes da vida.
As crises de enxaqueca caracterizam-se por dor de cabeça geralmente latejante e unilateral, podendo mudar de lado. Durante as crises, a pessoa pode enfrentar dificuldades para realizar atividades habituais. Além disso, sintomas como intolerância à luz, ruídos, odores, náusea e vômito são comuns. Movimentos bruscos e esforços físicos e mentais podem agravar o sofrimento durante a fase aguda.
Entender e controlar os gatilhos é fundamental para quem sofre de enxaqueca. Alguns alimentos, como queijos curados, molhos, vinho tinto, café e chocolates, podem desencadear crises, liberando substâncias inflamatórias que dilatam os vasos cerebrais. Fatores ambientais, como luz intensa, odores fortes e ruídos altos, também podem servir como gatilho.
As oscilações hormonais, especialmente durante a menstruação, podem contribuir para o surgimento das crises. É importante monitorar o uso de anticoncepcionais, especialmente para mulheres com enxaqueca com aura, e para aquelas que fumam, pois esses fatores aumentam o risco de AVC.
Alguns médicos comparam a enxaqueca a um incêndio que precisa ser controlado imediatamente para evitar piora. Pacientes sem tratamento adequado podem desenvolver crises diárias de dor. O abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses podem levar a um efeito rebote, agravando os sintomas.
Existem medicamentos específicos para casos de dor recorrente. O tratamento preventivo, com medicamentos que reduzem a frequência e intensidade das crises, é crucial. Para momentos de dor aguda, medicamentos como o sumatriptano, que reverte a dilatação dos vasos, e o naproxeno, que reduz a inflamação, podem ser indicados.
Além dos medicamentos, a prática regular de atividade física, como ioga, pilates ou caminhada, é recomendada. Esses exercícios liberam endorfinas, que auxiliam no controle da dor.
A enxaqueca é uma dor de cabeça incapacitante de origem genética, caracterizada por uma dor pulsante que afeta um ou ambos os lados da cabeça. Pode ser classificada em diferentes tipos, incluindo com aura, sem aura, crônica, hemiplégica, retiniana, vestibular e menstrual.
Os sintomas comuns incluem dor de cabeça latejante e intensa, náusea, vômito, sensibilidade à luz e ao som, fadiga, mudanças de apetite e problemas de concentração. A enxaqueca passa por quatro fases: premonitória, aura, dor de cabeça e resolução.
O diagnóstico da enxaqueca é principalmente clínico. O médico neurologista realiza perguntas específicas para entender a natureza da dor, sua intensidade, duração e outros sintomas relacionados. Exames físicos e neurológicos, histórico familiar e perguntas sobre o uso de medicamentos são parte integrante do processo de diagnóstico.
Buscar ajuda médica é crucial para estabelecer um plano de tratamento eficaz. Os neurologistas especializados em cefaleia são os mais indicados para o diagnóstico preciso e o desenvolvimento de estratégias de tratamento.
A enxaqueca é um desafio de saúde significativo que requer uma abordagem abrangente para diagnóstico e tratamento. Identificar fatores desencadeantes, buscar ajuda médica especializada e explorar diferentes opções terapêuticas, incluindo medicamentos e, em casos específicos, a cirurgia, são passos cruciais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com essa condição.
É fundamental que os pacientes sejam proativos em sua busca por alívio, trabalhando em parceria com profissionais de saúde para encontrar a melhor estratégia de manejo para sua situação única.
Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024