A bexiga neurogênica é uma condição na qual o funcionamento da bexiga é afetado por problemas no sistema nervoso. Essa disfunção pode resultar em dificuldade para urinar, incontinência urinária, ou ambas as condições. A neuromodulação sacral é um tratamento moderno e minimamente invasivo que pode ser uma solução eficaz para muitos pacientes com bexiga neurogênica.
Neste artigo, exploraremos como esse procedimento funciona, seus benefícios e quem pode se beneficiar desse tratamento inovador.
A bexiga neurogênica é uma disfunção que ocorre quando há comprometimento dos sinais nervosos entre o cérebro e a bexiga. Isso pode resultar em vários problemas, como incontinência urinária, dificuldade para esvaziar a bexiga ou retenção urinária. As causas mais comuns incluem lesões medulares, esclerose múltipla, malformações congênitas e outras condições neurológicas que afetam a coordenação dos nervos responsáveis pela função vesical.
A neuromodulação sacral é uma técnica cirúrgica que envolve a estimulação elétrica dos nervos sacrais, que são responsáveis pelo controle da bexiga e do esfíncter uretral. O objetivo é corrigir a disfunção nervosa que causa problemas como incontinência urinária, retenção urinária e outros sintomas associados à bexiga neurogênica.
O procedimento envolve a implantação de um dispositivo neuroestimulador, semelhante a um marcapasso, que emite pulsos elétricos para estimular os nervos sacrais. Essa estimulação ajuda a restaurar a função normal da bexiga, permitindo ao paciente ter maior controle sobre a micção.
A neuromodulação sacral é um procedimento minimamente invasivo, geralmente realizado em duas etapas. A primeira etapa é um teste para avaliar a resposta do paciente à estimulação sacral.
Nessa fase, um eletrodo temporário é implantado na raiz sacral S3, uma das principais áreas que controlam a função da bexiga. O eletrodo é conectado a um estimulador externo, permitindo ao paciente testar a eficácia do tratamento por algumas semanas.
Durante esse período de teste, o paciente e seu médico observam se há uma melhora significativa nos sintomas. Se o paciente responder bem ao teste, o próximo passo é a implantação definitiva do neuroestimulador.
Na segunda etapa, um pequeno gerador de pulsos é implantado no tecido subcutâneo da região glútea. Esse gerador é conectado ao eletrodo permanente, garantindo um estímulo constante aos nervos sacrais. O paciente pode ajustar a intensidade dos pulsos usando um controle remoto, para encontrar o nível de estimulação que proporciona maior alívio dos sintomas.
A neuromodulação sacral oferece diversos benefícios para pacientes com bexiga neurogênica:
A neuromodulação sacral é indicada para pacientes com bexiga neurogênica que não responderam a tratamentos convencionais, como medicamentos e fisioterapia. É uma opção especialmente útil para pacientes que sofrem de incontinência urinária ou retenção urinária de difícil controle.
No entanto, a indicação deve ser feita por um urologista ou especialista em medicina pélvica, que avaliará cada caso para determinar se a neuromodulação sacral é adequada.
Antes de realizar a neuromodulação sacral, o paciente deve ser avaliado para garantir que é um candidato adequado ao procedimento. Durante o período de teste, o paciente deve seguir as orientações médicas cuidadosamente e relatar qualquer reação adversa ou complicação.
Após o implante definitivo, o paciente deve evitar atividades extenuantes ou que possam pressionar o local da cirurgia. Durante a recuperação, é importante seguir as instruções médicas para garantir uma cicatrização adequada e prevenir infecções.
A neuromodulação sacral é um tratamento moderno e eficaz para pacientes com bexiga neurogênica. Seu caráter minimamente invasivo, aliado à eficácia comprovada, torna-o uma opção valiosa para quem sofre de disfunções da bexiga.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando problemas relacionados à bexiga neurogênica, conversar com um especialista sobre a neuromodulação sacral pode ser um passo importante para recuperar a qualidade de vida e o bem-estar.
Última data de revisão: quinta, 21 de novembro de 2024