Dor crônica no HIV é um sintoma comum dos pacientes e sua intensidade varia de acordo com o estágio da doença, dos cuidados e da metodologia de tratamento do paciente HIV.

Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre a dor em pessoas que convivem com o vírus HIV e como podemos gerenciar esse sintoma.

Dor Crônica no HIV

HIV é a sigla em inglês para Human Immunodeficiency Virus, que em português significa ​Vírus da Imunodeficiência Humana. É o vírus causador da AIDS, também uma sigla que vem do inglês (Acquired Immune Deficiency Syndrome) e que em português quer dizer Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.

Os relatos de Dor Neuropática por pacientes com HIV são comuns; essas pessoas sentem uma média de duas ou mais dores simultâneas, e 80% das pessoas com AIDS relatam um ou mais sintomas dolorosos por um período superior a um semestre.

Cerca de 30% das queixas de pacientes com HIV hospitalizados são de dor, perdendo somente para a febre. Mais da metade dos pacientes hospitalizados necessitam de tratamento para dor e esse tratamento é semelhante ao tratamento de dor para pessoas com câncer.

Porque Acontece

As dores neuropáticas associadas ao HIV tratam-se de sintomas dolorosos que afetam até 30% das pessoas com AIDS e caracterizam-se por sensações de queimação, formigamento ou anestesia da região afetada.

Existem outros fatores que também podem provocar dor neuropática periférica, como o uso dos medicamentos antirretrovirais.

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As síndromes de dor mais comuns relatadas por pacientes com HIV incluem:

  • Dores de cabeça;
  • Dor faringeal;
  • Dor abdominal;
  • Dor decorrente de sarcoma de Kaposi;
  • Artralgias;
  • Mialgias;
  • Condições dermatológicas dolorosas.

Condições relacionadas à dor crônica incluem:

  • Infecções intestinais, que provocam espasmos e dor abdominal;
  • Hepatoesplenomegalia, que resulta em distensão abdominal e dor;
  • Candidíase oral e de esôfago, que provocam dor ao engolir o alimento;
  • Espasticidade severa associada com encefalopatias, que resulta em espasmos musculares dolorosos.

Dor Associada ao Estresse e à Depressão

A presença da dor neuropática em pacientes com HIV está diretamente associada ao estresse que o paciente enfrenta durante o curso de sua enfermidade, incluindo dependência, incapacidade, medo da dor e medo da morte dolorosa.

Entretanto, o grau de abalo psicológico do paciente varia de acordo com fatores como:

  • Apoio social que ele recebe;
  • Capacidade individual de autoafirmação;
  • Personalidade;
  • Fatores médicos, como estágio ou extensão da doença.

A dor neuropática é capaz de intensificar fortemente o quadro de depressão do indivíduo com HIV: ambos estão diretamente relacionados.

Além de se sentirem significativamente mais oprimidos, desgastados, funcionalmente prejudicados, mais sujeitos ao desemprego e à incapacidade, os pacientes com HIV que sentem dor crônica apresentam o Dobro de Tendência Suicida em relação aos pacientes sem dor.

Dor em Crianças com HIV

As crianças com HIV geralmente vêm de famílias problemáticas que incluem ao menos um membro infectado pelo vírus; nessas famílias, múltiplas perdas para a AIDS ocorrem comumente.

Essas perdas afetam o modo da família em lidar com a doença. Muitas vezes, o sentimento de culpa dos pais em ter um filho com HIV resulta na negação da doença e, consequentemente, na negação da dor neuropática que a criança sente e resistência ao tratamento adequado, agravando o quadro de sua dor.

Condições relacionadas ao HIV que provocam dor em crianças incluem:

  • Meningite e Sinusite, que causam dores severas na Cabeça;
  • Dermatite Severa por Candidíase;
  • Cáries Dentárias.

Controle Efetivo da Dor Crônica no HIV

Existem algumas barreiras que impedem o controle efetivo da dor no HIV. Os profissionais não são bem treinados para o controle da dor e muitas vezes não são preparados para reconhecer a dor de um paciente e a importância de seu controle.

Além disso, o tratamento da dor não é prioridade nas assistências médicas e não é facilmente acessível. As instituições médicas, os clínicos, pacientes e familiares muitas vezes se preocupam demasiadamente com a possibilidade do vício provocado pelo uso de opioides e, por isso, às vezes o paciente deixa até mesmo de se queixar de dores menores.

Contudo, a recomendação aos clínicos é que estes incluam informações sobre a dor e seu controle no plano de tratamento do paciente, e exiba aos pacientes relutantes em relatar sua dor a variedade de tratamentos capazes de aliviá-la de forma segura e efetiva.

Se você é um paciente que convive com HIV e tem medos, inseguranças ou preocupações que impeçam o controle de sua dor neuropática, busque ajuda médica e esclareça suas dúvidas.

O Médico Especialista Neurocirurgião Médico da Dor SP será capaz de indicar o tratamento adequado para controlar efetivamente sua dor.

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Artigo Publicado em: 14 de março de 2018 e Atualizado em: 11 de março de 2022

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Última data de revisão: sexta, 26 de abril de 2024